Seis presos morrem em incêndio em presídio no Uruguai
Seis detentos morreram em um incêndio no presídio de Santiago Vázquez (ex-Comcar), situado na região metropolitana da capital uruguaia, iniciado por razões que estão sendo averiguadas, informaram as autoridades nesta quarta-feira (25).
"Das primeiras investigações, surge que as celas do setor estavam abertas com exceção da cela do incidente, que estava fechada com seis corpos carbonizados em seu interior", afirmou o Ministério do Interior em um comunicado.
"Uma pessoa privada de liberdade de uma cela contígua está na policlínica da Unidade, para avaliação", acrescentou.
O incêndio ocorreu na cela 94, do módulo 4, do chamado centro penitenciário Unidade 4 Santiago Vázquez, que concentra a maior população carcerária do país.
No mesmo módulo, em 28 de dezembro passado, um incêndio deixou seis presos mortos e dois feridos. As investigações determinaram que o fogo havia sido intencional, e quatro detentos foram acusados de homicídio.
Os investigadores não descartam que se trate novamente de um ataque, segundo vários relatos.
Após percorrer a cena, a promotora Mirta Morales disse a jornalistas que estão sendo realizadas perícias técnicas para determinar a origem do fogo e confirmar a identidade dos falecidos.
"Obviamente, há uma identificação preliminar pelas pessoas que estavam alojadas nessa cela, mas não temos uma identificação precisa", afirmou, pedindo paciência aos familiares dos presos.
Com 3,4 milhões de habitantes, o Uruguai tem uma alta taxa de população carcerária: quatro em cada mil pessoas estão presas, o que coloca o país em primeiro lugar na América do Sul e em 10º no mundo, segundo dados oficiais.
O último relatório do comissário parlamentar penitenciário, publicado semanas atrás, aponta que a taxa de encarceramento em 2023 foi de 435 pessoas presas para cada 100 mil habitantes, "um novo recorde nacional que continuou aumentando em 2024".
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© Agence France-Presse
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