Rússia investiga jornalistas que entraram em cidade ocupada pela Ucrânia

Os serviços de segurança russos (FSB) anunciaram, nesta segunda-feira (7), a abertura de uma nova investigação contra jornalistas estrangeiros por terem atravessado "ilegalmente" a fronteira da Ucrânia na parte ocupada da região de Kursk.

A acusação afeta a britânica Catherine Norris Trent, que trabalha para o canal televisivo France 24, e o jornalista suíço Kurt Pelda, correspondente do veículo suíço CH Media, informou o FSB.

Ambos os jornalistas são acusados pelas autoridades russas de terem "cruzado ilegalmente a fronteira da Federação Russa na região de Kursk", diz um comunicado da organização.

O Exército ucraniano lançou uma ofensiva surpresa nesta região fronteiriça em 6 de agosto, a primeira de um exército estrangeiro na Rússia desde a Segunda Guerra Mundial.

As forças russas lançaram uma contraofensiva e dizem ter recuperado terreno, mas a Ucrânia afirma controlar dezenas de localidades ali, e vários veículos de comunicação publicaram reportagens sobre a área ocupada pelas forças de Kiev.

A Rússia anuncia periodicamente a abertura de investigações contra jornalistas estrangeiros que visitaram a zona ocupada e, até o momento, uma dúzia deles foi alvo de acusações como essa.

Foram instaurados processos contra jornalistas do canal de televisão americano CNN, do canal italiano RAI e do canal alemão Deutsche Welle.

Os jornalistas visados nestas investigações não parecem estar na Rússia, mas podem ser condenados a até cinco anos de prisão, de acordo com o Código Penal russo.

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