Ativistas pró-palestinos cobrem obra de Picasso com foto de Gaza em Londres
Duas pessoas cobriram brevemente, nesta quarta-feira (10), uma obra de Pablo Picasso na National Gllery de Londres com uma foto de uma mãe e uma criança feridos em Gaza, informaram, o museu e o grupo de ativistas.
O grupo chamado Youth Demand, que pede o fim da venda de armas para Israel, informou que os dois manifestantes colaram a fotografia no vidro protetor da obra "Maternidad", pintada pelo artista espanhol em 1901.
Um vídeo, postado nas redes sociais pelo grupo mostrou um segurança se movendo rapidamente para retirar a foto.
Um dos manifestantes gritou "Free, free Palestina" (Palestina livre), no momento de sua detenção.
Durante sua prisão, no chão, o manifestante disse que o governo do Reino Unido é "cúmplice do genocídio" na Faixa de Gaza e que existe um forte apoio à campanha de parar a venda de armas a Israel.
Este grupo pró-palestino protagonizou, em julho, outro ato de protesto contra a venda de armas a Israel, no Cenotáfio de Londres, o memorial oficial aos mortos em conflitos na Grã-Bretanha, e planejava, neste mesmo mês, interromper o discurso do rei Charles III.
A manifestação desta quarta-feira ocorreu pouco antes das 12h00 locais.
Em um comunicado, a Galeria Nacional afirmou que "a polícia interveio e prendeu" as duas pessoas.
"A sala está atualmente fechada, não houve danos em nenhuma obra", acrescentou o museu em seu texto.
A National Gallery, ultimamente, tem sido cenário de ações de ativistas ambientais.
No final de setembro, dois ativistas foram condenados à prisão por terem jogado sopa em 2022 no quadro "Os Girassóis", do pintor Vincent Van Gogh.
Quando essa condenação foi divulgada, a mesma pintura e outra versão de "Os Girassóis" foram novamente atacadas por ativistas do mesmo grupo.
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© Agence France-Presse
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