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Presidente da Ucrânia apresenta seu 'plano para vitória' à Otan e UE

17/10/2024 10h17

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, afirmou nesta quinta-feira (17) aos aliados ocidentais que seu país deve estar em uma posição de força antes de qualquer diálogo de paz com a Rússia, ao apresentar seu "plano para a vitória".

Zelensky foi convidado a participar em uma reunião de cúpula da União Europeia (UE) pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que coincide com uma reunião dos ministros da Defesa dos países da Otan.

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Ao chegar a Bruxelas, Zelensky disse que deseja "reforçar a Ucrânia, de forma que esteja preparada para a diplomacia".

Na opinião do presidente ucraniano, a Rússia "só recorrerá à diplomacia quando perceber que não pode alcançar nada com a força".

"Este é o plano. É exatamente o que precisamos, e devemos criar as condições adequadas para acabar com a guerra", acrescentou.

Em uma entrevista coletiva depois de apresentar o plano na reunião da UE, Zelensky disse que vários governantes expressaram "total apoio".

Pouco antes de viajar para a capital belga, o presidente ucraniano destacou que apresentaria "o plano para a vitória, nosso instrumento para forçar a Rússia à paz".

A presidente do Parlamento Europeu, a conservadora Roberta Metsola, de Malta, disse que o bloco reafirmou de forma "inequívoca" seu apoio à Ucrânia.

Metsola afirmou ainda que o plano de Zelensky é o caminho a seguir.

Zelensky apresentou na quarta-feira ao Parlamento de seu país, em Kiev, as principais diretrizes do plano.

O plano propõe a mobilização de recursos ocidentais de "dissuasão estratégica não nucleares" no país, para convencer a Rússia a concluir a guerra.

- Dificuldades -

Zelensky destacou que os detalhes da proposta foram incluídos em um "anexo secreto" já transmitido aos Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália e Alemanha, membros da Otan.

Na quarta-feira, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, disse que era um "sinal forte", mas esclareceu que isso não significava que ele apoia "todo o plano".

Parte da ideia de Zelensky é que a Ucrânia seja convidada imediatamente a entrar para a Otan, o que os membros da aliança militar consideram algo irreal.

O bloco militar transatlântico afirma que a Ucrânia está em uma rota "irreversível" para aderir à aliança, mas não ousa anunciar uma data concreta de adesão.

Além disso, a adesão imediata da Ucrânia à Otan enfrenta resistências dos Estados Unidos e da Alemanha, que buscam evitar um confronto aberto com a Rússia.

Na mesma quarta-feira, a embaixadora dos Estados Unidos na Otan, Julianne Smith, disse que "não estamos neste momento no ponto de discutir um convite a curto prazo".

Rutte afirmou que a Ucrânia "será membro da Otan", mas acrescentou que "se a questão é saber quando isto acontecerá, no momento não posso responder".

Após mais de dois anos e meio de conflito armado, a Ucrânia perde território na região do Donbass diante do avanço das tropas russas.

O governo Zelensky enfrenta pressões para apresentar uma estratégia de saída das hostilidades.

ob-ahg/mb/fp/aa

© Agence France-Presse

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