Indústria petrolífera dos EUA pagará por emissões excessivas de metano

O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (12) uma nova regulamentação para impor multas às empresas de produção de gás e petróleo que emitam metano em excesso.

O anúncio, que tem como objetivo limitar as emissões desse gás de forte efeito estufa, coincide com a conferência sobre o clima COP29, em Baku, no Azerbaijão, iniciada na segunda-feira.

Essa medida pode, porém, ser revogada com a chegada do republicano Donald Trump à Casa Branca em janeiro. É possível que Trump elimine várias normas ambientais adotadas pela gestão do democrata.

A nova disposição, que estava inclusa na grande lei climática IRA de Biden, de 2022, impacta exclusivamente as instalações de petróleo e gás de grande emissão ou com emissões de metano que "superam níveis específicos", indicou a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA).

Ela permitirá "garantir que o gás natural alcance o mercado em vez de contaminar o ar", acrescentou a agência em comunicado.

O gás natural é composto principalmente de metano. A ideia da norma é evitar as perdas e o desperdício de metano durante a produção, por exemplo, devido a vazamentos.

De acordo com a EPA, se essas multas forem mantidas até 2025, evitarão que 1,2 milhão de toneladas de metano sejam perdidas sem consumo, o que equivale às emissões de efeito estufa de oito milhões de carros em um ano.

O metano é responsável por um terço do aquecimento climático atual, apontou a agência.

A multa será de 900 dólares (R$ 5.190, na cotação atual) por tonelada de emissão excessiva em 2024, 1.200 (R$ 6.920) em 2025 e 1.500 (R$ 8.650) em 2026.

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O anúncio foi criticado por representantes do setor petrolífero.

"Essa regulamentação limita nossa capacidade de atender às crescentes necessidades de energia das famílias e empresas americanas e não conseguirá uma redução significativa das emissões", afirmou o American Petroleum Institute.

"Esperamos trabalhar com a futura administração e o novo Congresso para corrigir isso", completou.

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© Agence France-Presse

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