PF diz que Bolsonaro teve 'participação ativa' em plano de golpe em 2022
O ex-presidente Jair Bolsonaro teve "plena consciência" e "participação ativa" na tentativa de golpe de Estado em 2022 para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, segundo uma investigação da Polícia Federal (PF) divulgada nesta terça-feira (26).
Bolsonaro também tinha "pleno conhecimento" de um suposto plano para matar Lula após sua vitória nas eleições, de acordo com a investigação da PF.
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O ex-presidente, por sua vez, nega as acusações e se considera um "perseguido" pela Justiça.
Bolsonaro "planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva" sobre uma trama golpista que finalmente não se consumou por "circunstâncias alheias à sua vontade", diz o relatório da PF, que já foi remetido à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que decida se apresenta uma denúncia contra o ex-presidente.
A polícia concluiu que Bolsonaro também teve "pleno conhecimento do planejamento operacional (Punhal Verde e Amarelo)", supostamente orquestrado por um grupo de militares para assassinar Lula, seu companheiro de chapa nas eleições, Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Além de Bolsonaro, a PF indiciou outras 36 pessoas nesse mesmo caso, entre elas vários militares e assessores próximos do ex-presidente.
A investigação considerou que, em dezembro de 2022, o plano golpista foi abortado de última hora por falta de apoio institucional do alto comando do Exército.
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