Quem são os generais da cúpula que recusaram adesão ao golpe, segundo a PF
Militares que se opuseram ao plano de golpe que previa manter o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro no poder são apontados pela PF como tendo papel decisivo para que golpe não saísse do papel. Segundo o relatório da PF eles eram chamados de "melancias" pelos golpistas. A referência à fruta se dá à adesão à esquerda. "Embora vistam a farda de cor verde, por dentro seriam vermelhos, cor identificada ao referido espectro político", explica o relatório.
O que aconteceu
Propagação de notícias falsas tinha objetivo de incitar revolta contra 'comandantes melancias'. Segundo a PF (Polícia Federal) o blogueiro Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, comentarista da Jovem Pan era designado pela divulgação de informações falsas, diante da sua "capacidade de penetração no meio militar".
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Paulo Figueiredo tinha tarefas bem estabelecidas, entre elas, insuflar os militares a aderirem ao intento golpista. Ele "vazaria " e interpretando a denominada "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro", o documento assinado por 37 militares tinha intenção de pressionar a adesão à tentativa de golpe de estado. O comentarista tinha que convencer outros militares sobre "um falso alinhamento das Forças Armadas ao golpe de Estado".
O objetivo [de Paulo Figueiredo] de incitar integrantes do meio militar a se voltarem contra comandantes denominados "melancias", que naquele momento, posicionavam-se contra a ação criminosa que estava em execução.
Relatório final da Polícia Federal
Quem eram os 'Generais Melancia'
- General do Exército Marco Antônio Freire Gomes
- Tenente-Brigadeiro da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior
- General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva
- General André Luís Novaes Miranda
- General Guido Amin Naves
- General Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira
- General Júlio César De Arruda