Catedral de Notre Dame revela seu novo 'brilho' ao mundo
A catedral de Notre Dame de Paris revela, nesta sexta-feira (29), seu novo "brilho" ao mundo, cinco anos depois de um incêndio devastador, durante uma visita do presidente francês, Emmanuel Macron, oito dias antes de sua reabertura.
Antes do retorno dos turistas de todo o mundo à obra-prima da arte gótica. Macron parabenizou as equipes que trabalharam na reconstrução: "Vocês fizeram o que parecia impossível".
Em 15 de abril de 2019, as chamas engoliram a famosa catedral de quase 1.000 anos, considerada Patrimônio Mundial da Unesco, provocando uma manifestação global de pesar.
Macron então prometeu reabrir o prédio em cinco anos, o que gerou certo ceticismo na época. "É sublime", celebrou nesta quinta-feira ao ver a catedral reformada.
Câmeras de televisão francesas e internacionais mostraram uma catedral "muito mais acolhedora", nas palavras do presidente, após a limpeza da sujeira acumulada durante décadas em suas pedras.
O público ainda deve esperar pouco mais de uma semana para visitar a catedral. As cerimônias religiosas e laicas de reabertura estão previstas para 7 e 8 de dezembro, antes da abertura das portas para o mundo.
A França convidou diversos líderes estrangeiros, mas ainda não é possível saber quem comparecerá às cerimônias. O papa Francisco já anunciou que não estará presente, mesmo com uma visita programada para a ilha francesa da Córsega dias depois.
A presidência francesa não poupou elogios para apresentar a visita: "brilho", "fascinação", vista "impactante", "fogos de artifício coloridos", etc.
E prometeu um espetáculo avassalador e um contraste impressionante com a "abóboda aberta", o "lixo carbonizado" e o cheiro "insuportável" que Macron observou na noite do incêndio.
As chamas devastaram o telhado e a estrutura da catedral, um dos monumentos mais visitados da Europa. Sua icônica agulha, construída por Viollet-le-Duc no século XIX, desabou e foi reconstruída de forma idêntica.
- "Orgulho francês" -
"O incêndio em Notre Dame foi uma ferida nacional e vocês contribuíram para curá-la com sua determinação, seu trabalho e seu compromisso", assegurou Macron aos 1.300 trabalhadores presentes que trabalharam na reconstrução.
A reabertura da Notre Dame representa, para o chefe de Estado, o colofão de um ano de "orgulho francês", após o sucesso dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em um momento em que ele está politicamente enfraquecido.
A visita permitiu descobrir desde a esplanada até a estrutura do telhado.
"Vocês veem a catedral como nunca a tinham visto", "cinco anos depois da visão da desolação", assegurou Philippe Jost, coordenador pela restauração.
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Quero receber"Me lembro como se fosse ontem que a Pietá foi a única que emergia" dos escombros, lhe respondeu o presidente, acompanhado de sua esposa, Brigitte Macron, e do arcebispo de Paris, Laurent Ulrich.
Macron, que fará um novo discurso em 7 de dezembro, tamnbém prestou homenagem aos mecenas, já que o projeto custou cerca de 700 milhões de euros (US$ 740 milhões ou 4,4 bilhões de reais, de acordo com as taxas de câmbio atuais) e foi financiado exclusivamente por doações.
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© Agence France-Presse
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