Botafogo vence Atlético-MG (3-1) e conquista pela 1ª vez a Copa Libertadores

O Botafogo conquistou seu primeiro título da Copa Libertadores ao vencer o Atlético-MG por 3 a 1 na final disputada neste sábado (30), no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires.

Apesar de ter ficado com um homem a menos desde os dois minutos de jogo, quando o volante Gregore foi expulso, o 'Fogão' ficou com o troféu graças aos gols de Luiz Henrique (35'), Alex Telles (44' de pênalti) e do Júnior Santos (90'+7).

O 'Galo' não conseguiu se aproveitar da superioridade numérica, apesar de ter diminuído no início do segundo tempo com o chileno Eduardo Vargas (47'), que levou tensão ao jogo até o apito final.

Com esta vitória histórica, o Botafogo ficou com a última das 32 vagas no novo Mundial de Clubes da Fifa, que será disputado nos Estados Unidos entre junho e julho do ano que vem 2025.

A última grande conquista do clube carioca havia sido o Campeonato Brasileiro de 1995, um feito que está perto de se repetir este ano, com o time na liderança com três pontos de vantagem sobre o Palmeiras a duas rodadas do fim.

A partir deste sábado, o Botafogo pode dizer que sua entrada no Olimpo sul-americano foi épica e heroica, depois de superar a expulsão de Gregore por atingir o rosto do volante argentino Fausto Vera aos 30 segundos de jogo.

- Rumo ao Mundial de 2025 -

Um dos heróis foi mais uma vez Luiz Henrique, que abriu o placar na primeira jogada elaborada do time carioca e sofreu o pênalti que Alex Telles converteu para ampliar.

"Eu estou muito feliz, cara, muito feliz mesmo, porque eu pude proporcionar essa vitória para a minha mãe, para o meu irmão aqui, que eles nunca tiveram essa oportunidade de estar me vendo numa final de Libertadores, de ser campeão e ainda sendo o melhor da partida", declarou o camisa 7 do Botafogo em entrevista à TV Globo após a partida.

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Luiz Henrique e Alex Telles abriram o caminho para a histórica vitória do time de Artur Jorge, terceiro técnico português a levantar a Copa Libertadores depois de Jorge Jesus (Flamengo, 2019) e Abel Ferreira (Palmeiras, 2020 e 2021).

Único dos chamados 12 grandes do futebol brasileiro que ainda não havia tocado a Glória Eterna, o Botafogo conseguiu a vantagem na parte final de um primeiro tempo completamente dominado pelo Atlético.

Depois de ter investido mais de R$ 300 milhões em reforços, a vitória também garante a participação na Libertadores do ano que vem e no super Mundial de Clubes.

O 'Glorioso' também terá a oportunidade de disputar mais dois títulos internacionais: a Copa Intercontinental, que será disputada no Catar em dezembro, e a Recopa Sul-Americana, no início da próxima temporada, contra o Racing, campeão da Copa Sul-Americana na semana passada.

- Alta tensão -

O atacante chileno Eduardo Vargas, que entrou no início do segundo tempo, descontou de cabeça para o 'Galo', que buscava o bicampeonato, depois de levantar a Libertadores em 2013 liderado pelo astro Ronaldinho Gaúcho.

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Apesar de contar com um elenco com nomes reconhecidos, como o atacante Hulk, o Atlético comandado pelo argentino Gabriel Milito não conseguiu se recuperar da série negativa de dez jogos sem vencer antes da final em Buenos Aires, tampouco aproveitar a vantagem de ter um jogador a mais desde o início da partida.

"Fomos para o intervalo perdendo por 2 a 0 e isso foi um golpe bastante duro para nós. Os jogadores foram para o segundo tempo com a ideia de marcar um gol, que veio muito rápido, e depois tentamos criar oportunidades e levar perigo, mas claramente deixamos escapar uma oportunidade imemorável para poder ganhar a Copa Libertadores", lamentou Milito após a derrota.

O time mineiro também vinha da decepção pela derrota na final da Copa do Brasil diante do Flamengo há três semanas, e agora está em situação complicada para se classificar para a Libertadores do ano que vem via Brasileirão.

- Djokovic carrega troféu -

Embora a final tenha começado em clima de festa, com o tenista sérvio Novak Djokovic carregando o troféu, a tensão aumentou após o gol de Vargas.

A pulsação foi às alturas no Monumental de Núñez pintado de preto e branco pelos 71 mil torcedores que ocuparam as arquibancadas.

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Como no primeiro tempo, Hulk foi o jogador mais incisivo do Atlético, ao dar trabalho para o goleiro John com sua perna esquerda.

Mas o Botafogo resistiu. Resistiu apoiado em sua defesa e no sacrifício de toda a equipe, incluindo o atacante Júnior Santos, que se consagrou artilheiro da competição com dez gols ao aproveitar um contra-ataque nos acréscimos (90'+7).

Os jogadores do 'Glorioso' ratificaram o recente e amplo domínio dos times brasileiros na Copa Libertadores, que conquistaram as últimas seis edições do torneio.

"Foi uma vitória épica, provavelmente a vitória mais épica de uma final de Libertadores. É um feito enorme", comemorou na entrevista pós-jogo o técnico Artur Jorge.

-- Ficha técnica:

Copa Libertadores 2024 - Final

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Atlético-MG - Botafogo 1 - 3

Estádio: Estadio Monumental Antonio Vespucio Liberti (Buenos Aires)

Árbitro: Facundo Tello (ARG)

Gols:

Atlético-MG: Eduardo Vargas (47')

Botafogo: Luiz Henrique (35'), Alex Telles (44' de pênalti), Júnior Santos (90'+7)

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Cartões amarelos:

Atlético-MG: Battaglia (30'), Lyanco (45'+1), Fausto Vera (45'+2), Hulk (90'+2)

Botafogo: Alex Telles (45'+3), Thiago Almada (79'), Vitinho (90'+4), Júnior Santos (90'+9)

Cartões vermelhos:

Botafogo: Gregore (1')

Escalações:

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Atlético-MG: Éverson - Lyanco (Mariano 46'), Rodrigo Battaglia, Junior Alonso - Gustavo Scarpa (Eduardo Vargas 46'), Fausto Vera (Bernard 46'), Alan Franco, Guilherme Arana - Hulk (cap), Deyverson (Alan Kardec 76'), Paulinho. Técnico: Gabriel Milito.

Botafogo: John - Vitinho, Adryelson, Alexander Barboza, Alex Telles (Marçal 58') - Luiz Henrique (Matheus Martins 79'), Marlon Freitas (cap), Jefferson Savarino (Danilo Barbosa 58'), Gregore, Thiago Almada (Júnior Santos 80') - Igor Jesus (Allan 90'+3). Técnico: Artur Jorge.

raa/cl/cb

© Agence France-Presse

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