Funcionários do Starbucks entram em greve nos Estados Unidos
Um sindicato de funcionários da rede de cafés Starbucks anunciou uma greve a partir desta sexta-feira (20) em três cidades dos Estados Unidos, que pode ser ampliada até o dia de Natal caso a empresa não atenda suas demandas.
O anúncio, que afetará inicialmente as lojas de Los Angeles, Chicago e Seattle, a cidade em que a empresa foi fundada, aconteceu depois que funcionários de várias instalações da gigante da internet Amazon iniciaram uma greve na reta final das compras natalinas.
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O sindicato Workers United pede à rede de cafés melhores condições de trabalho e aumentos salariais, segundo um comunicado divulgado na quinta-feira.
A organização sindical explica em sua nota que a Starbucks se comprometeu diversas vezes durante o ano a renegociar os contratos, "mas ainda não apresentou aos trabalhadores uma proposta econômica séria".
Após meses de negociações e "dezenas de princípios de acordo, e menos de duas semanas antes do prazo limite do final do ano, a Starbucks propôs um pacote econômico que não incluía novos aumentos salariais para os baristas sindicalizados e garantia apenas 1,5% para os próximos anos", afirma o sindicato.
A Starbucks afirma que os representantes sindicais "encerraram de forma prematura com as negociações desta semana".
"É decepcionante que não tenham retornado à mesa, levando em consideração os avanços que fizemos até agora", afirmou a empresa à AFP.
A Starbucks acrescentou que oferece "um salário médio competitivo de mais de 18 dólares por hora", além de benefícios que incluem cobertura de saúde, licença familiar remunerada, subsídios em ações da empresa e matrícula universitária gratuita para os funcionários.
"Estamos dispostos a continuar negociando para alcançar acordos. Precisamos que o sindicato retorne à mesa", afirmou a empresa.
A greve, que segundo o sindicato afetará mais estabelecimentos a cada dia até terça-feira (24), acontece no momento em que a Starbucks enfrenta uma estagnação das vendas em mercados-chave.
As ventas do grupo registraram queda expressiva em 2024.
Durante o trimestre de verão (hemisfério norte, inverno no Brasil), o faturamento caiu mais de 3% em ritmo anual, a 9 bilhões de dólares, as vendas comparáveis em lojas caíram 7% em todo o mundo e o lucro líquido foi de US$ 909 milhões, uma queda de mais de 25%.
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