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Tales: PT não abre mão da Saúde nem da coordenação política

Do UOL, em São Paulo

20/12/2024 07h52

Em uma esperada reforma ministerial, o Partido dos Trabalhadores, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não pretende abrir mão das pastas da Saúde e Relações Institucionais, afirmou o colunista Tales Faria no UOL News de quinta-feira (19).

A reforma ministerial vem. Se ela vem agora na virada do ano ou se ela vem no início do ano, ainda não se sabe. Sabe-se que há uma discussão grande entre os partidos do governo sobre o lugar que cada um quer.

Por exemplo: o PT gostaria de continuar com a Secretaria de Relações Institucionais, onde está o [ministro Alexandre] Padilha. Não necessariamente com o Padilha, mas acha que o partido tem aquele posto.

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O que eu acho que é uma besteira, porque houve vezes em que você teve, nesse posto, pessoas de outros partidos aliados, inclusive o próprio José Múcio [ministro da Defesa] foi o ministro da articulação política de Lula quando era do PTB.

Então, às vezes você ter um ministro de outro partido na articulação política traz mais apoios de outros partidos. Mas, de qualquer maneira, o PT acha que deve ficar com a articulação política e não abre mão, por exemplo, da Saúde.
Tales Faria, colunista do UOL

Segundo o colunista, quem está de olho na Saúde é o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Outro "problema para Lula", destaca Tales Faria, é arrumar um lugar para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Esses dois saem agora do comando da Câmara e do Senado e precisam ser acomodados em algum lugar. O Rodrigo Pacheco é uma opção tanto para a Defesa como para o Desenvolvimento, no lugar do [Geraldo] Alckmin.

E o Alckmin pode ser ministro da Defesa também. Por que ministro da Defesa? Porque fala-se que o José Múcio, a [jornalista] Mônica Bergamo disse hoje, já disse ao presidente que está cansado. Ele nega que tenha dito que quer sair, mas admite que está cansado e que está precisando. Não tem férias há dois anos e precisa tirar férias.

A maior probabilidade é que ele saia. E aí pode ser tanto o Pacheco como o Alckmin. Para o Pacheco entrar, você tem outro cara lá em Minas Gerais, que é o ministro das Minas e Energia. Dois ministros de Minas Gerais do PSD é muita coisa. Então aí você teria uma saída do [ministro das Minas e Energia] Alexandre Silveira.
Tales Faria, colunista do UOL

Em meio a isso, o colunista lembra que há uma denúncia envolvendo o União Brasil, relacionada ao desvio de emendas parlamentares.

O União Brasil, por exemplo, está com um problema do tamanho de um bonde. Porque surgiu uma denúncia de que a cúpula do União Brasil toda está envolvida em uma roubalheira grande com o desvio de emendas parlamentares.

A cúpula toda do União Brasil. E há temor de que isso esbarre tanto no Elmar Nascimento, que era líder aqui, foi preterido na disputa pelo comando da Câmara e que seria um candidato a ministro, como no provável futuro presidente do Senado, que é o Davi Alcolumbre.

Então, tem que resolver esse imbróglio que o União Brasil está metido para saber o que vai sobrar. Está uma sopa de letras de apoio ao governo disputando um lugar nessa dança de cadeiras.
Tales Faria, colunista do UOL

Economista: 'Mercado tenta domesticar quem está na cadeira presidencial'

Em meio à crise de alta do dólar, o mercado financeiro tenta domesticar quem senta na cadeira presidencial, opinou a professora e economista Juliane Furno.

Acho que [o mercado tem agido propositadamente contra o governo Lula], sim. Embora seja algo mais fluido do que uma instituição monolítica, com uma orientação muito clara, o mercado tem uma posição com relação aos seus ganhos financeiros.

Os detentores da riqueza financeira têm opções políticas, tanto é que costumam se orientar por uma candidatura ou outra durante o eleitoral do período eleitoral e eles procuram domesticar quem senta na cadeira presidencial, seja de esquerda, seja de direita, para que opere uma política conforme os seus interesses.
Juliane Furno, professora e economista

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