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Casos de zika e dengue na Rio 2016 estarão dentro da normalidade, diz ministro

24/03/2016 17h56

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O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse hoje (24) que está seguro de que os casos de vírus Zika e de dengue durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 estarão dentro da normalidade para o inverno no Brasil. Castro e o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, apresentaram hoje o plano de prevenção de riscos e atendimentos médicos para a Rio 2016.

"Como nesse período [agosto e setembro] a quantidade [de mosquitos Aedes aegypiti] já normalmente é pequena, o número de casos de dengue é pequeno, e com as ações que estamos fazendo, focados mais no Rio de Janeiro, e focados na região [instalações] das Olimpíadas, estamos seguros de que as coisas ocorrerão dentro da normalidade. Segurança de 100% ninguém pode ter. Em saúde e prevenção, isso não existe", disse Castro.

O mosquito Aedes aegypiti é o transmissor da dengue, da chikungunya e do vírus Zika.

O ministro disse ainda que o trabalho será intensificado na região da vila dos atletas e também nos arredores de hotéis. "Estamos fazendo o esforço máximo que já foi feito no Brasil de combate ao vírus Zika".

Plano de atendimento
O plano de atendimento de saúde para os espectadores, atletas e demais envolvidos nos Jogos Olímpicos de 2016 foi pensado para atender até 22 mil pessoas a mais, um número superestimado em até duas vezes, segundo Soranz, pois, nos Jogos de Londres, o número de atendimentos chegou a 11,3 mil.

A estimativa é que de 1% a 2% do público dos Jogos precise de algum atendimento médico. Segundo o Ministério da Saúde, na Copa do Mundo, o número de pessoas que foram atendidas e necessitaram de transferência para fora das arenas foi 0,2% do total de participantes, e, destes, 90% foram liberados no mesmo dia em que deram entrada no hospital.

Atletas, dirigentes, comissão técnica e imprensa devem ser atendidos em hospitais particulares e filantrópicos conveniados com o Comitê Rio 2016, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, enquanto espectadores serão encaminhados para unidades públicas de referência na proximidade de cada uma das unidades, como os hospitais municipais Lourenço Jorge, na Barra; Souza Aguiar, no Centro; Salgado Filho, no Méier; e Miguel Couto, no Leblon.

Médicos extras
Na região da Barra, onde fica a maior parte das instalações olímpicas, o número de atendimentos na rede pública deve receber um acréscimo de 860 pessoas por dia, demanda que, segundo a secretaria, deve ser absorvida por obras no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), que estão em fase de finalização.

Hospitais federais devem oferecer uma retaguarda de 130 leitos, com cerca de 2,5 mil profissionais temporários, dos quais 80% já foram contratados, segundo o Ministério da Saúde.

Outro cuidado para evitar sobrecarga na rede de saúde é a fiscalização sanitária das refeições servidas ao público em hotéis e locais de grande movimentação. Ao todo, quase 198 mil refeições devem ser servidas por dia.

A Vila dos Atletas, onde as delegações ficaram acomodadas, terá uma policlínica sem capacidade de internação, porém apta a fazer atendimentos e exames.