Topo

Cunha diz que mudança no regimento não altera composição do Conselho de Ética

30/03/2016 21h10

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje (30) que o projeto de resolução apresentado ontem (29) pela Mesa da Casa que altera o regimento interno para definir a composição das comissões permanentes não faz qualquer modificação nas normas do Conselho de Ética. "A resolução nunca mexeu com o Conselho de Ética e nada pretérito", disse.

Opositores de Cunha questionaram a apresentação do projeto e disseram que a medida era uma manobra para modificar a composição do Conselho de Ética, visando dificultar a aprovação do pedido de cassação do mandato do presidente da Câmara. Cunha disse que a composição do conselho não será alterada, uma vez que os membros do colegiado são eleitos para um mandato de dois anos. "Foi por má-fé que se divulgou isso. Má-fé daqueles que tentam me denegrir me atribuindo manobra inexistente."

Cunha disse que a ideia do projeto nunca foi interferir no Conselho de Ética, mas que vai alterar o texto. "Vamos tirar qualquer menção a qualquer natureza de eleição, mas não haveria a menor necessidade. A resolução era clara e nítida: não existia interferência no Conselho de Ética. A resolução nunca mexeu com o conselho e com nada pretérito."

Impeachment

Em relação à data de votação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no plenário da Câmara, Cunha disse que ainda não há dia definido e que segurá a lei, o regimento da Casa e a Constituição. "Eu não tenho condição de saber quando será votado o processo de impeachment. Tem que saber a data que a comissão acaba o trabalho. Quando a comissão acabar,  você lê na sessão seguinte, publica, depois da publicação tem 48 horas [para colocar em votação no plenário]. É o que eu vou fazer, pode ser o dia que for", disse.

Diante dos questionamentos de integrantes do Conselho de Ética sobre os gastos e as dificuldades em tomar os depoimentos de duas testemunhas que moram na Suíça, indicadas pela defesa de Cunha, o deputado disse que vai pagar as despesas da vinda dos dois advogados da Suíça a Brasília, sem custos para a Câmara.