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Obama aposta na continuidade da parceria com União Europeia e Reino Unido

José Romildo - Correspondente da Agência Brasil

24/06/2016 14h44

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse hoje (24) que tanto os países da União Europeia quanto o Reino Unido continuarão a ser "parceiros indispensáveis" dos americanos, apesar da decisão tomada ontem (23) pelos britânicos, em referendo, em favor da saída do bloco europeu. "O povo do Reino Unido expressou seu desejo e nós respeitamos a sua decisão", disse Obama, em comunicado distribuido à imprensa. Obama está participando hoje (24) da Cúpula Global de Empreendedorismo, na Califórnia. "O Reino Unido e a União Europeia continuarão a ser parceiros indispensáveis dos Estados Unidos, mesmo quando eles começam a negociar a sua relação permanente", disse. Durante visita a Londres, em abril, Obama declarou que era, pessoalmente, contra a saída do Reino Unido em relação à União Europeia, em um raro momento em que o presidente dos Estados Unidos ultrapassou o ritual diplomático, entrando em assuntos internos de outro país. Hillary Clinton Ao falar sobre a possível influência da decisão do povo britânico sobre a economia dos Estados Unidos, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton - que busca o apoio da convenção nacional do Partido Democrata para ser candidata nas eleições de novembro, a presidente dos Estados Unidos - disse que a primeira tarefa dos americanos é combater a incerteza econômica. Segundo ela, o combate à incerteza econômica é necessário para evitar que "famílias que trabalham nos Estados Unidos" sejam afetadas indiretamente pela saída do Reino Unido do bloco europeu. Em uma crítica ao empresário Donald Trump, que em viagem à Escócia defendeu o afastamento do Reino Unido em relação à União Europeia, Hillary Clinton disse que o atual momento exige "calma e experiência". Trump, que aguarda igualmente a aprovação de seu nome pela convenção dos republicanos para concorrer à presidência dos Estados Unidos, elogiou a saída do Reino Unido da União Europeia. Depois de dizer que a medida constitui uma "grande vitória", Trump afirmou que o resultado do referendo foi decorrente do repúdio da população britânica à pressão imigratória.