Bolsa sobe e dólar cai para menor nível em um ano
Em um dia de otimismo no mercado financeiro, a bolsa subiu e a moeda norte-americana caiu para o menor nível em um ano. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (28) vendido a R$ 3,306, com queda de R$ 0,089 (-2,61%). A cotação fechou no menor nível desde 23 de julho do ano passado (R$ 3,296). O dólar operou em baixa durante toda a sessão, mas ampliou a queda a partir do meio-dia. A divisa acumula queda de 8,5% apenas em junho e de 16,3% no ano. Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana interrompeu uma sequência de duas altas seguidas após o resultado do referendo que aprovou a saída do Reino Unido da União Europeia. O dia também foi de bons resultados na bolsa de valores. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, subiu 1,55% e fechou em 50.007 pontos. Também foi a primeira alta desde o referendo britânico. As ações da Petrobras, as mais negociadas, tiveram altas expressivas. Os papéis ordinários, com direito a voto em assembleia de acionistas, subiram 4,17%, para R$ 11,25. Os papéis preferenciais, com preferência na distribuição de dividendos, saltaram 4,78%, para R$ 9,20. Em todo o planeta, as bolsas de valores subiram num movimento de recuperação de perdas após a vitória dos partidários da retirada do Reino Unido da União Europeia. Investidores aproveitaram a forte queda no preço de ações para comprar os papéis por preços mais baixos. Além do cenário externo, o mercado financeiro no Brasil foi beneficiado pela divulgação do Relatório de Inflação pelo Banco Central (BC), que prevê que a inflação oficial feche em 6,9% em 2016 e em 4,7% no próximo ano. Ao comentar o documento, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, indicou que vai manter a taxa Selic, juros básicos da economia, em 14,25% ao ano, por mais tempo que o esperado. Juros altos atraem capitais estrangeiros para o Brasil, pressionando para baixo a cotação do dólar. Os investidores aproveitam a diferença em relação às taxas dos países desenvolvidos, que são mais baixas, para trazerem o dinheiro para países emergentes, que pagam juros maiores.
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