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Nove candidatos disputam prefeitura de Porto Alegre

Daniel Isaia - Correspondente da Agência Brasil

25/09/2016 08h14

Nove candidatos disputam o comando do executivo em Porto Alegre. Em cinco candidaturas, há coligação com outros partidos políticos, de modo que 33 siglas estão envolvidas nas campanhas para prefeito. Sebastião Melo O candidato da situação é Sebastião Melo, do PMDB, que está coligado com outros 13 partidos. O peemedebista foi vereador por três mandatos na capital gaúcha na década de 2000 e atualmente é o vice do atual prefeito, José Fortunati. Melo é advogado, formado em direito na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Raul Pont Raul Pont é a aposta do PT para retomar a prefeitura. O partido esteve à frente da administração municipal entre 1989 e 2004, inclusive com Pont como um dos prefeitos. O petista é integrante da sigla desde a fundação, no fim dos anos 1970, e já foi deputado estadual e federal. Em Porto Alegre, o PT está coligado com o PCdoB. Nelson Marchezan O PSDB está coligado com outros três partidos na tentativa de eleger Nelson Marchezan Junior. Filho do político gaúcho Nelson Marchezan, já falecido, o candidato tucano já foi deputado estadual e, atualmente, está licenciado do segundo mandato de deputado federal para concorrer à prefeitura. Luciana Genro Luciana Genro é o nome do PSOL e de outros três partidos coligados para o Paço Municipal. Filha do ex-governador e ex-ministro Tarso Genro, foi expulsa do PT em 2003 ao votar contra a reforma da Previdência do governo Lula no Congresso Nacional. Luciana foi uma das lideranças que criaram o PSOL e concorreu à presidência da República pelo partido, em 2014. Maurício Dziedricki O PTB se coligou com cinco partidos e lançou a candidatura de Maurício Dziedricki, eleito vereador de Porto Alegre em 2004 e em 2008. Dois anos depois, o petebista se elegeu deputado federal. Atuou como secretário estadual de Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa. Em 2014, foi eleito para a Assembleia Legislativa gaúcha. Fábio Ostermann Com 32 anos de idade, Fábio Ostermann, do PSL, é o mais jovem candidato à prefeitura de Porto Alegre. Liberal convicto, tem no currículo a direção do Instituto Liberdade, do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) e do Instituto Ordem Livre. Foi um dos criadores do Movimento Brasil Livre (MBL), um dos grupos que liderou as manifestações pelo impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. João Carlos Rodrigues O candidato do PMN, João Carlos Rodrigues, já foi filiado ao antigo PFL (hoje DEM) e ao PSC, mas ainda não obteve uma vitória nas urnas. No passado, o empresário concorreu à prefeitura de Alvorada, na região metropolitana de Porto Alegre, e ao governo do estado. Júlio Flores Júlio Flores, do PSTU, tenta pela teceira vez eleger-se prefeito da capital gaúcha. Atuou como bancário nas décadas de 1980 e 1990, e liderou greves contra a privatização do Banco Meridional pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Candidatou-se para os cargos de vereador, prefeito, deputado estadual, governador e senador, mas nunca foi eleito. Marcello Chiodo O PV lançou a candidatura de Marcello Chiodo, cabeleireiro que mantém um salão de beleza em Porto Alegre. Tentou vaga no legislativo municipal por três vezes e conseguiu uma suplência em 2008, tendo sido chamado no ano seguinte. Chiodo também já concorreu para deputado federal, em 2006, mas não foi eleito. Legislativo As 36 cadeiras da Câmara de Vereadores estão sendo disputadas por 574 candidatos ? uma proporção de quase 16 candidatos por vaga. Eles também estão distribuídos em 33 partidos. A maior parte das siglas (14) tem entre um e dez candidatos. Apenas cinco partidos inscreveram mais de 40 nomes. Porto Alegre é a segunda cidade mais populosa da Região Sul, com quase 1,5 milhão de habitantes. Destes, pouco mais de um milhão estão aptos a votar nos candidatos à prefeitura e à Câmara Municipal, no mês que vem. Do total de eleitores, 45,25% são homens e 54,75% são mulheres. Estão registrados na capital gaúcha 12.974 eleitores analfabetos e 3.917 com menos de 18 anos de idade, aos quais o voto é facultativo.