Bancos estudam reduzir risco cambial em contratos de concessão, diz secretário
Moreira Franco
O secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Wellington Moreira Franco, disse hoje (26) que técnicos do Banco do Brasil, da Caixa e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com o Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid), estão construindo uma nova linha de financiamento para reduzir a influência das variações do real em relação ao dólar em novos contratos de concessões. "Como o câmbio é muito variável, os investidores têm receio de que essa variação de câmbio gere instabilidade no investimento deles. A ideia é que o risco cambial esteja embutido na nova modelagem de financiamento, sobretudo porque não podemos voltar a trabalhar com indexação. No passado, para resolver essa questão do risco cambial, a alternativa que as autoridades econômicas usaram foi a de estimular a indexação, o que gerou um processo inflacionário de extrema vitalidade", afirmou o ministro. Sem adiantar os possíveis mecanismos para a mudança, ele adiantou que a meta é que essa nova modelagem esteja definida em breve. Moreira Franco participou de uma palestra com empresários do setor petrolífero no evento Rio Oil & Gas, no Rio de Janeiro. Ele elogiou a aprovação, ontem (25), da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, em segundo turno, na Câmara dos Deputados. "Precisamos ter contas equilibradas. Sem isso, não vamos resolver o problema. O juro não cai por vontade. Só cai quando as contas públicas são equilibradas. Enfrentamos ontem a emenda constitucional, que equilibra as despesas e as receitas. Isso vai provocar mudanças. O orçamento passará a ser uma realidade. Hoje é uma ficção."
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