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Juíza que manteve prisão de corintianos é alvo de ameaças nas redes sociais

Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil

27/10/2016 17h57

A juíza Marcela Assad Caram, que manteve a prisão de 31 torcedores do Corinthians responsáveis por agressões a policiais militares no Estádio do Maracanã, no último domingo (23), está sendo alvo de ameaças nas redes sociais após a decisão. Em nota, a Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro (Amerj) considerou os ataques covardes e manifestou apoio à juíza. De acordo com a entidade, Marcela Assad Caram "tem recebido virulentas agressões verbais e ameaças pelas redes sociais. Fotos suas e de sua família foram reproduzidas pela internet, junto a comentários ofensivos e estimulando a violência, expondo sua segurança e a de seus parentes". Diante das ameaças, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro já tomou providências de segurança para a juíza Marcela Assad Caram e para família da magistrada. Decisão Na última terça-feira (25), a juíza Marcela Assad Caram, coordenadora da Central de Audiências de Custódia do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, determinou a conversão das prisões em flagrante em preventivas dos torcedores do Corinthians que foram detidos após uma briga com policiais militares nas arquibancadas do Estádio do Maracanã. Na decisão, a magistrada destacou que a prisão preventiva se revelou imperiosa e necessária, já que os presos são oriundos de outro estado, o que poderia colocar em risco a instrução criminal. Segundo o auto de prisão em flagrante, os acusados foram identificados pelos PMs como autores da agressão e também responsáveis por dano ao patrimônio, como deterioração do espaço público. Quinze presos relataram à juíza terem sido agredidos pelos policiais durante a detenção no estádio.