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Marinha garante segurança nas eleições em Duque de Caxias

Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil

30/10/2016 16h45

Oitocentos militares da Marinha garantem a segurança das eleições em Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. A cidade é uma das oito do estado em que os eleitores estão indo às urnas. Ao todo, são 628.164 pessoas aptas a votar em 10 zonas eleitorais, que dispõem de 1.962 urnas eletrônicas espalhadas em 235 locais de votação. O município recebeu o apoio das Forças Armadas para o esquema de segurança em atendimento a um pedido do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). A disputa está entre o candidato Washington Reis (PMDB) da coligaçãoo "Rumo ao Futuro" (PMDB/PSL/PPS/PRP/PHS/PSB/PSDC), que já foi prefeito da cidade por dois mandatos e conquistou, no primeiro turno, 149.782 votos; e Dica (PTN) da coligaçãoo "Nossa Gente, Nosso Futuro" (PTN/PRB/PT/PSC/PMN/PV/PSD/PcdoB/PDT), candidato a prefeito em pleitos anteriores sem conseguir se eleger. Ele obteve 87.643 votos no primeiro turno.
  Segurança Para o município foram deslocados militares da Marinha  que auxiliam no patrulhamento. De acordo com a Marinha, o efetivo é de 800 militares que estão no serviço desde ontem, sendo uma parte deles faz o apoio de transporte na área da comunidade da Maré, na zona norte do Rio. No trabalho das duas regiões são utilizados para garantir a tranquilidade do processo eleitoral, 30 viaturas leves e pesadas, duas ambulâncias e 6 viaturas blindadas. O juiz de direito Carlos Eduardo Figueiredo, que atua na 103ª zona eleitoral, no Colégio Futuro VIP, disse que se surpreendeu com as abstenções no primeiro turno e hoje, embora ainda não tenha os registros completos, porque a eleição ainda não acabou, parece que o ânimo do eleitor não mudou.
O militar Franklin Oliveira compareceu ao local de votação, mas revelou que anulou o voto. "É difícil acreditar em alguém hoje em dia. A minha opinião, como cidadão brasileiro, foi votar nulo. Sei que isso futuramente pode beneficiar alguém, mas infelizmente eu anulei. Minha opção foi essa. Não tem em quem confiar. Tudo é a mesma coisa. É a mesmice de sempre", revelou. A estudante de Direito Carla Cristina, que acompanhava Franklin, mesmo em dúvida, acabou escolhendo um candidato. "Dúvida eu tinha. Foi difícil escolher", disse. Conscientização O juiz Carlos Eduardo se mostrou surpreso com a redução de propaganda eleitoral neste turno. Contou que na primeira fase foi grande o número de santinhos pelas ruas do município, com alguns candidatos utilizando a chamada chuva da madrugada, quando aproveitam para espalhar a propaganda e cobrir o chão próximo aos locais de votação e, ainda, tentativas de boca de urna que foram reprimidas. Neste domingo, a situação foi diferente. "A coisa melhorou bastante. Andando pela cidade a gente não vê santinhos pelo chão, não vê folhetos. Acho que a repreensão e a conscientização surtiram efeito. O segundo turno está bem mais tranquilo que o primeiro", opinou.