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Após quatro escrutínios, disputa na ABL termina empatada e haverá nova eleição

Paulo Virgílio - Repórter da Agência Brasil

24/11/2016 21h40

A eleição para a cadeira 22 da Academia Brasileira de Letras(ABL), realizada na tarde de hoje (24), não teve vencedor. Depois de quatro escrutínios, a disputa pela vaga antes ocupada pelo acadêmico Ivo Pitanguy, morto em 6 de agosto deste ano, terminou empatada entre os candidatos mais votados, o poeta e letrista da MPB Antonio Cicero, de 61 anos, e o sociólogo, cientista político e ex-ministro da Cultura Francisco Weffort, de 79 anos. Nenhum dos postulantes alcançou a maioria absoluta dos votos, exigida pelo estatuto da ABL. Ao fim da contagem, persistido o empate, o presidente da Academia, Domício Proença Filho,  declarou abertas as inscrições, pelo período de 30 dias, para novas candidaturas à cadeira 22. "O resultado atesta a alta qualidade dos candidatos e do processo eleitoral da ABL", destacou Proença. Além de Cícero e de Weffort, concorriam à cadeira o pesquisador e historiador da música popular brasileira Ricardo Cravo Albin, de 72 anos, que também foi bem votado, e outros seis candidatos. "Nos 30 anos que estou na Academia, nunca vi uma eleição tão acirrada", disse outro acadêmico, Marcos Vinicius Vilaça, que presidiu a instituição por dois mandatos, 2006/2007 e 2010/2011. Com três vagas abertas este ano, a ABL elegeu no dia 3 deste mês o poeta Geraldo Carneiro para a cadeira 24, que foi do crítico teatral Sábato Magaldi, e uma semana depois, o economista e escritor Edmar Bacha, que participou da equipe que concebeu e implantou o Plano Real, para a cadeira 40, vaga com a morte do jurista Evaristo de Moraes Filho. Como os dois ainda não tomaram posse, e com a vaga de Pitanguy não preenchida, são 37 os votantes possíveis da academia, de 40 membros.