Topo

Firjan considera queda da taxa Selic esperada; Fiesp acha "pífia"

Bruno Bocchini e Cristina Indio do Brasil - Repórteres da Agência Brasil

30/11/2016 23h06

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) comentaram na noite de hoje (30) a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 13,75% ao ano. De acordo com a Fiesp, a redução foi "pífia" e condena o país à estagnação. "É muita recessão para um corte pífio de Selic. Não há dúvida de que são necessários cortes mais agressivos da taxa de juros. Ao optar por cortes de 0,25 pp [ponto percentual], o Banco Central sabota a retomada de crescimento da economia, condenando-a à estagnação para os próximos anos e produzindo a ampliação no número de desempregados", disse em nota assinada pelo presidente da entidade, Paulo Skaf. A Fiesp destacou que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no Brasil) brasileiro, divulgado hoje, mostra que a retração econômica se aprofundou no terceiro trimestre. "Trata-se de uma decisão incompreensível se levarmos em conta os dados mais recentes de nossa economia. O PIB brasileiro já acumula queda de 7% em relação a 2014", diz a nota. Firjan A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) disse que a decisão do Copom era a única esperada neste momento, em que as estatísticas reforçaram o quadro de recessão e de queda da inflação. A entidade também citou os resultados do (PIB), divulgados hoje que indicaram que a economia brasileira está em recessão há dez trimestres consecutivos e que acumula queda de 4% em 2016. A Firjan também citou que a inflação manteve trajetória de queda e tem projeções tanto do mercado como do próprio Banco Central que mostram permanência nos limites estabelecidos para 2017, após dois anos acima de 6,5%. "Neste cenário, uma nova redução da taxa de juros era a única decisão esperada", disse a Firjan. De acordo com a entidade, a continuidade e a intensidade do movimento de queda da taxa de juros no Brasil, contudo, dependem da concretização da agenda fiscal. "Por isso, Sistema Firjan considera que o governo federal deve concentrar esforços no reequilíbrio fiscal dos estados e na reforma da Previdência tão logo aprove a PEC do Teto dos Gastos Públicos", informou a nota da Firjan.