Setor de máquinas e equipamentos tem queda de 26% de janeiro a outubro
A receita líquida total da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) teve queda de 14,8% em outubro, em relação ao mês anterior. Na comparação com outubro do ano passado, a queda foi 22%. De janeiro a outubro, a queda foi 26% ante o mesmo período do ano passado. Houve queda também na receita do consumo aparente (resultado da soma da produção com as importações, menos as exportações), de 6,2%, na comparação com setembro e queda de 33,9% em relação a outubro de 2015. No acumulado do ano, a queda foi 26,4%, na comparação com o ano passado. "A esperada retomada dos investimentos no 2º semestre deste ano foi definitivamente frustrada", divulgou a Abimaq. "O fraco desempenho reflete a continuidade da recessão e o alto nível de endividamento das empresas, cenário agravado pela excessiva volatilidade da taxa de câmbio e pela manutenção das taxas de juros em patamares elevados". Exportações No mês de outubro deste ano, as receitas com exportações de máquinas e equipamentos registraram queda de 1,9%, em comparação com o mês anterior. Em relação às exportações feitas no mês de outubro de 2015, houve alta de 3,9%. No acumulado do ano, o setor apresentou taxa de crescimento, em relação a 2015, de 1,3%. Em quantidade, houve queda de 12,8% na margem, e crescimento de 13,4% no ano. Os principais destinos das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos, segundo a Abimaq, são, pela ordem, América Latina, Europa e Estados Unidos. Houve, em 2016, redução da participação relativa da América Latina e forte aumento da China. A participação da China passou de 1%, em 2015, para 8%, em 2016. Importação No mês de outubro teve crescimento nas entradas de máquinas e equipamentos no país. Em relação a setembro, o mês de outubro registrou alta de 11,3% na receita para a importação. No entanto, o desempenho das importações mantém a tendência de queda observada deste o início de 2014, interrompido apenas pelo evento atípico dos meses de junho e julho, referente a equipamentos vindos da Coreia do Sul para o setor de siderurgia, segundo a Abimaq. No acumulado do ano, a queda acumulada de importações atingiu 18,9% e, em relação a outubro do ano passado, a queda foi de 23,6%. Sobre as origens das importações, os Estados Unidos seguem na primeira posição, com participação de 17,7% no total importado em receita de máquinas pelo país, seguidos pela China, Alemanha e Coreia do Sul. A Abimaq registrou maior déficit da balança comercial do setor, com US$ 512,3 milhões em outubro deste ano, resultado 32,2% maior do que setembro deste ano. No entanto, o déficit é 41,8% menor ao registrado em outubro de 2015. No acumulado do ano de 2016, o déficit foi US$ 6,74 bilhões, valor 32% menor do que o registrado no mesmo período de 2015. Empregos O número de pessoas ocupadas na indústria de máquinas e equipamentos ficou em 303,5 mil em outubro deste ano, o que significa alta de 0,4% (mais 1,2 mil empregos) na comparação com o mês anterior. O número, no entanto, é 5,4% menor (menos 17,4 mil empregos) do que o registrado em outubro do ano passado. Em relação ao pico de empregos, que ocorreu em maio de 2013, a redução atingiu 76,8 mil postos de trabalho.
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