Indústria cobra corte mais ousado dos juros até o fim do ano
Apesar de avaliar como positivo o corte de 0,75 ponto percentual dos juros básicos da economia, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) cobrou reduções mais ousadas. Em nota, a entidade informou acreditar que a queda no preço dos alimentos e a aprovação de medidas de ajuste fiscal abrem espaço para cortes maiores. A CNI avalia como positiva para a economia e as empresas brasileiras a redução de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic. O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu a taxa para 12,25% ao ano nesta quarta-feira (22). "A indústria acredita que o cenário atual permite um corte mais acentuado nos juros em função da quebra da inércia inflacionária, em que a inflação do passado realimentava os preços futuros. A inflação está caindo e deve ficar dentro das metas fixadas para 2017 e 2018", destacou o comunicado. De acordo com a nota, a CNI espera que a taxa Selic caia para um dígito em poucos meses caso a reforma da Previdência avance no Congresso. "A aprovação do limite para o crescimento dos gastos públicos e o envio da reforma da Previdência ao Congresso Nacional são importantes avanços para o equilíbrio das contas do governo e fundamentais para a redução dos juros", acrescentou o texto. Para a CNI, a manutenção de juros altos por mais tempo traz prejuízos para toda a sociedade porque eleva os custos dos empréstimos, desestimula os investimentos e o consumo, dificultando a recuperação da economia e a geração de empregos.
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