Moody's põe nota do Brasil em observação, com possibilidade de rebaixamento
A agência de classificação de risco Moody's revisou para baixo a perspectiva da nota da dívida pública brasileira. A nota de crédito soberano do país foi mantida dois níveis abaixo do grau de investimento (garantia de que o país não corre risco de dar calote), mas com perspectiva negativa, o que indica que a classificação pode ser alterada para baixo na próxima revisão.
Em comunicado divulgado no fim da tarde desta sexta-feira (26), a agência citou a ampliação da instabilidade política como justificativa para a decisão. Segundo a Moody's, a crise política pode atrasar a aprovação de reformas estruturais que, na visão da agência, ajudarão na recuperação da economia brasileira, como a da Previdência Social.
"Independentemente de seu desfecho, a crise política que emergiu no Brasil na última semana provavelmente debilitará a agenda de reformas do governo e comprometerá a aprovação de reformas futuras, incluindo a da Previdência. Isso provavelmente impactará negativamente a confiança do investidor e levará ao aumento da volatilidade nos mercados, ameaçando o momento macroeconômico positivo observado desde o início da agenda de reformas", destacou o comunicado. Apesar de citar os riscos políticos, o relatório da Moody's destacou o tamanho e a diversidade da economia brasileira como pontos vantajosos para o país. O documento também mencionou o elevado nível de reservas internacionais, US$ 377 bilhões, como fator que reduz a vulnerabilidade externa do país, diminuindo o risco de fuga de capitais estrangeiros. Outras agências Em março, a Moody's tinha elevado a perspectiva da nota da dívida brasileira de negativa para estável. Na ocasião, a agência tinha mencionado que a queda da inflação e a recuperação da economia estavam ajudando a conter o crescimento da dívida pública.
Na semana passada, outra agência de classificação de risco, a Standard & Poor's, também tinha reduzido, de estável para negativa, a perspectiva da dívida brasileira. Já a Fitch manteve o país dois níveis abaixo do grau de investimento com perspectiva negativa. Ao contrário das outras duas agências, a Fitch não tinha chegado a elevar a perspectiva da nota brasileira no início deste ano. Ministério da Fazenda Em nota, o Ministério da Fazenda informou que continua empenhado na aprovação das reformas e que continua as negociações com o Congresso Nacional. "O Ministério da Fazenda reafirma seu compromisso com a continuidade da implementação da agenda de reformas estruturais necessárias à recuperação econômica. Nesse sentido, destaca os resultados positivos obtidos por meio da manutenção de intenso diálogo e coordenação com o Congresso Nacional, sinalizando o empenho para o alcance da estabilidade da política brasileira", destacou o comunicado.
Em comunicado divulgado no fim da tarde desta sexta-feira (26), a agência citou a ampliação da instabilidade política como justificativa para a decisão. Segundo a Moody's, a crise política pode atrasar a aprovação de reformas estruturais que, na visão da agência, ajudarão na recuperação da economia brasileira, como a da Previdência Social.
"Independentemente de seu desfecho, a crise política que emergiu no Brasil na última semana provavelmente debilitará a agenda de reformas do governo e comprometerá a aprovação de reformas futuras, incluindo a da Previdência. Isso provavelmente impactará negativamente a confiança do investidor e levará ao aumento da volatilidade nos mercados, ameaçando o momento macroeconômico positivo observado desde o início da agenda de reformas", destacou o comunicado. Apesar de citar os riscos políticos, o relatório da Moody's destacou o tamanho e a diversidade da economia brasileira como pontos vantajosos para o país. O documento também mencionou o elevado nível de reservas internacionais, US$ 377 bilhões, como fator que reduz a vulnerabilidade externa do país, diminuindo o risco de fuga de capitais estrangeiros. Outras agências Em março, a Moody's tinha elevado a perspectiva da nota da dívida brasileira de negativa para estável. Na ocasião, a agência tinha mencionado que a queda da inflação e a recuperação da economia estavam ajudando a conter o crescimento da dívida pública.
Na semana passada, outra agência de classificação de risco, a Standard & Poor's, também tinha reduzido, de estável para negativa, a perspectiva da dívida brasileira. Já a Fitch manteve o país dois níveis abaixo do grau de investimento com perspectiva negativa. Ao contrário das outras duas agências, a Fitch não tinha chegado a elevar a perspectiva da nota brasileira no início deste ano. Ministério da Fazenda Em nota, o Ministério da Fazenda informou que continua empenhado na aprovação das reformas e que continua as negociações com o Congresso Nacional. "O Ministério da Fazenda reafirma seu compromisso com a continuidade da implementação da agenda de reformas estruturais necessárias à recuperação econômica. Nesse sentido, destaca os resultados positivos obtidos por meio da manutenção de intenso diálogo e coordenação com o Congresso Nacional, sinalizando o empenho para o alcance da estabilidade da política brasileira", destacou o comunicado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.