Novo site informa sobre riscos de enchentes e tempestades na Amazônia
A partir de hoje (29), especialistas de toda a Amazônia que atuam na prevenção e mitigação dos estragos causados por fenômenos naturais previsíveis, como tempestades, inundações, secas e outros fenômenos climáticos, passam a contar com uma nova fonte de informações sobre as condições hidrometeorológicas e níveis dos rios que cortam toda a região. Desenvolvido pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa, o chamado Sistema Integrado de Monitoramento e Alerta Hidrometeorológico (SipamHidro) reunirá em uma única página, acessível a partir do site do Censipam , informações como o nível dos rios e dos reservatórios de água das usinas hidrelétricas em funcionamento na Amazônia. O site também disponibilizadados sobre o volume de chuva nas diversas bacias hidrográficas, descargas atmosféricas, formação de nuvens e alagamentos e inundações. A possibilidade de checar as informações em tempo real beneficiará principalmente as Defesas Civis dos três níveis da administração pública (federal, estadual e municipal), que poderão adotar as providências necessárias e alertar a população e outros órgãos do governo sempre que houver uma ameaça. De acordo com o gerente do Censipam, Rogério Guedes, o projeto completo custou R$ 250 mil do orçamento do próprio centro e levou três anos para ser concluído. O sistema ainda oferece informações que tornam a navegação fluvial mais segura, alertando com antecedência de até 90 minutos sobre a ocorrência de tempestades em áreas de grande movimentação de embarcações de passageiros e de cargas. Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, a proposta é ampliar o monitoramento para outras regiões do país - se possível, já a partir do próximo ano. "Esta ferramenta deverá ser estendida para todo o país. Diante de tudo o que este programa representa em termos de avanços, os recursos investidos são pequenos", declarou Jungmann ao explicar os entraves à ampliação da área monitorada pelo sistema. "Podemos levar a plataforma para o restante do país, mas dependeremos de haver sensores capazes de coletar as informações. Na Amazônia, temos onze sensores. Bem mais que nas outras regiões. Eu me disponho a estender para todo o país este sistema de monitoramento que, além de poupar vidas, é importante em termos econômicos, já que, com esta previsão, é possível estabelecer para as vias navegáveis as melhorias para a navegabilidade", completou Jungmann. Já o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, destacou que o SipamHidro complementa outros sistemas federais de monitoramento climático, como o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do próprio Ministério da Integração Nacional, e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. "Com essa ferramenta [SipamHidro], estamos complementando um portfólio de informações que permitirá cada vez mais o aprimoramento [do sistema] para que, com a integração das informações, consigamos alcançar a eficiência na gestão dos eventos climáticos", disse o ministro, classificando o monitoramento da Amazônia como "um começo". "Esperamos que o Brasil possa investir cada vez mais em tecnologia e informação para estarmos preparados para as mudanças climáticas e todos os fatos decorrentes desta mudança", completou Barbalho.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.