Inclusão de pessoa com deficiência ainda esbarra no preconceito, diz ativista
O preconceito e a discriminação ainda são barreiras para as pessoas com deficiência e criam obstáculos como a falta de oportunidades no mercado de trabalho e o acesso à educação formal, apesar das políticas de reservas de vagas destinadas a esse grupo minoritário. A avaliação é da professora universitária e médica Izabel Loureiro Maior, uma das palestrantes do seminário Acessibilidade e Inclusão: Expressão da Cidadania, organizado pelo Tribunal de Contas da União para lembrar o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado hoje (21). Segundo ela, enquanto o preconceito é "mais fácil" de ser eliminado, por resultar da falta da informação, a discriminação é um traço de opressão. Isabel também citou outros desafios que ainda persistem para as pessoas com deficiência, como a acessibilidade ao transporte público. "É uma das lutas que ainda não ganhamos. É elevador [nos ônibus] que as pessoas [com deficiência] desejam? A resposta é não. É piso baixo", comparou. Tecnologia Em sua apresentação durante o evento, o vice-presidente executivo da Global Initiative for Inclusive Information and Communication Technologies (G3ict), o americano James Thurston, apresentou dados da entidade sobre o progresso de leis de inclusão digital das pessoas com deficiência. De acordo com o levantamento, 78% dos países têm estruturado um órgão dedicado especificamente às pessoas com deficiência. Em muitos campos, segundo Thurston, como compras e contratos públicos e ensino primário e secundário, muitos governos já formularam políticas públicas, mas não as põem em prática. Em relação à tecnologia assistiva - adaptada às necessidades de pessoas com deficiência - para estudantes universitários, apenas 27% dos países têm ações nesse sentido. Entre os sites governamentais oficiais, menos da metade (45%) são acessíveis a deficientes, percentual significativamente menor (14%) quando avaliados os sites de empresas. Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi celebrado em evento em Brasília
Segundo a entidade, apenas 19% dos países analisados contribuem com organizações não governamentais atuantes na causa das pessoas com deficiência. Para Thurston, os governos poderiam protagonizar a melhora do índice. "Para as grandes empresas de tecnologia, o governo federal [americano] - assim como imagino que ocorra no Brasil -, é seu principal cliente. Então, o governo agora está dizendo que só compra se for acessível a pessoas com todos os tipos de deficiência", sugeriu. Distrito Federal No Distrito Federal, o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi celebrado com um espetáculo encenado por artistas com deficiência auditiva e motora, além de palestras, oficinas e orientação jurídica. Na capital federal, os cidadãos com necessidades especiais contam com uma rede de assistência que inclui a Central de Interpretação de Libras, que atende, em média, 1,3 mil pessoas por mês; além de um serviço destinado ajudar as pessoas com alguma deficiência a encontrar emprego.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.