Pezão diz que Forças Armadas devem patrulhar entorno da Rocinha ainda hoje
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, pediu hoje (22) reforço das Forças Armadas no patrulhanento do entorno da favela da Rocinha, na zona sul da capital. Pezão disse que o pedido deve ser atendido pelo Comando Militar do Leste e que algum contingente do Exército já deve ser enviado ao local hoje. "Eles vão atender, mas não sei a magnitude. Não se desloca rapidamente muita gente. Mas algum reforço vai do Exército para aquela região", disse Pezão, que acrescentou: "A gente precisa na Rocinha porque estamos com indícios fortes de mais armas, traficantes, e por isso não podemos recuar e vir para baixo para patrulhar". O governador participou de um fórum no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e contou na saída do evento que o governo do estado e o governo federal acertaram que, em caso de emergência, o secretário estadual de segurança, Roberto Sá, poderia solicitar ajuda ao Comando Militar do Leste. Pezão acrescentou que Sá está reunido com o general do Comando Militar do Leste, Valter Braga Netto, e que o próprio governador também entrou em contato com o ministro da Defesa, Raul Jungmann. "Não vamos recuar na Rocinha. É o quinto dia de operações. Ontem descobrimos uma grande quantidade de armamento, drogas e estamos com muitos indícios de traficantes em uma região em que estamos avançando. Temos certeza que a reação que está ocorrendo no asfalto é por causa disso". O governador disse que mais policiais militares do Batalhão de Operações Especiais e do Batalhão de Choque também serão mobilizados, além de helicópteros. A Polícia Militar realiza nesta sexta-feira o quinto dia de operações na favela e há registro de tiroteios. Um ônibus foi incendiado em São Conrado, bairro vizinho à Rocinha. A situacao de violência se agravou na favela no fim de semana quando criminosos de uma mesma facção começaram um conflito armado pelo controle da favela, uma das maiores da cidade. Reunião Após o encontro com o general Braga Netto, Roberto Sá disse que todos os aparatos públicos serão empregados para conter a atual situação de violência no Rio, principalmente em relação à Rocinha. Segundo ele, o estado e a União estão juntos na luta contra os criminosos. Ele negou qualquer falta de sintonia entre os governos estadual e federal. "Não houve recusa de apoio. Não há rixa entre nós, mas são instituições que têm maneira de atuar diferente", disse. Perguntado se o estado demorou a agir para conter a violência na Rocinha, o secretário respondeu que a área estava sendo acompanhada pelo Batalhão de Choque, Batalhão de Operações Especiais e pelo Batalhão do Leblon. "Estávamos monitorando a situação. A situação estava de aparente estabilidade. Havia um cerco."
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