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Copom: queda dos juros depende de avanço das reformas e ajustes na economia

Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil

31/10/2017 09h38

Redução da taxa de juros beneficia consumo            Tânia Rêgo/Agência Brasil Depois de ter desacelerado o ritmo de redução da taxa de juros básicos - a Selic - na semana passada, quando passou para 7,5% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) informou que, para manter em queda a taxa, será necessário dar sequência ao processo de reformas, além da continuidade dos ajustes na economia. A indicação consta da ata da última reunião do Copom, divulgada nesta terça-feira (31), em Brasília, pela autoridade monetária. "Todos os membros do comitê voltaram a enfatizar que a aprovação e a implementação das reformas, notadamente as de natureza fiscal e de ajustes na economia, são fundamentais para a sustentabilidade do ambiente de inflação baixa e estável para o funcionamento pleno da política monetária e para a redução da taxa de juros estrutural", diz o documento. Sobre a dimensão do atual ciclo de redução da taxas básica de juros, houve consenso, por parte do comitê, em "manter a liberdade de ação e adiar qualquer sinalização sobre as decisões futuras de política monetária de forma a incorporar novas informações sobre a evolução do cenário básico e do balanço de riscos". Durante a reunião, os membros do Copom concordaram que a economia deverá seguir em recuperação gradual, e que isso pode ser percebido a partir de sinais como o de melhora na oferta de empregos. Segundo o documento, "à medida que a recuperação avança, o crescimento do consumo deveria abrir espaço para a retomada do investimento". Para o Copom, a ociosidade percebida na economia não deverá resultar em revisões da trajetória esperada para a inflação. Inflação e fatores de risco De acordo com a ata, o cenário para a inflação envolve fatores de risco em duas direções, sendo a primeira de redução da trajetória da inflação abaixo da esperada em função do "choque favorável nos preços de alimentos" e de bens usados pela indústria. Na segunda direção, a inflação poderá ser elevada em decorrência de "uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas". Segundo o Banco Central, esse risco ficaria ainda maior caso haja reversão do atual cenário externo, favorável a economias emergentes.