Saída da Unasul é apelo para superar paralisia, diz Aloysio Nunes
24/04/2018 21h08
O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, falou hoje em evento no Rio de Janeiro sobre a decisão do Brasil de suspender sua participação, juntamente com Argentina, Chile, Paraguai e Peru, na União das Nações Sul-Americanas (Unasul), comunidade que reúne 12 países da América do Sul. A decisão dos cinco países foi comunicada em carta enviada ao presidente pró-tempore Fernando Huanacumi, chanceler da Bolívia. "O que nós fizemos foi um apelo para que possamos superar os impasses que levaram à paralisia da Unasul. Há mais de ano estamos sem secretário-geral. Há um bloqueio ao indicado da Argentina para assumir a secretaria-geral. É um desperdício de oportunidades de integração. Um desperdício de dinheiro, porque são muitos funcionários e é um prédio magnífico. Mas não está sendo utilizado", disse Aloysio. A Unasul foi criada em 2008 com o objetivo de fortalecer as relações comerciais, culturais, políticas e sociais da região. Segundo o ministro, a comunidade precisa desenvolver ações na área da defesa, saúde e integração física, mas "não adianta manter como está". Na carta, os chanceleres dos cinco países alegam que a Unasul foi paralisada em janeiro de 2017 quando a Venezuela, a Bolívia, o Suriname e o Equador vetaram o nome do embaixador José Octávio Bordón, candidato argentino ao posto de secretário-geral. Desde então, não houve avanços nas negociações por um nome de consenso.
O ministro Aloysio Nunes durante visita às dependências do Palácio do Itamaraty, no Rio - Tomaz Silva/Agência Brasil