Produtores de aves e ração reclamam de bloqueios e prejuízos
O transporte de aves e ração para avicultura e suicultura ainda sofre com o bloqueio de rodovias pelos caminhoneiros. Em pelo menos 22 estados, os caminhões com as cargas são impedidos de passar em 22 pontos. O alerta é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A ABPA informou também que a mortandade aumenta nos polos de produção pelo país. Desde o início da greve, são quase 70 milhões de aves mortas por falta de alimentação. Cerca de 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos ainda estão em risco de morte como consequência direta dos bloqueios, pois estão recebendo alimentação insuficiente. De acordo com a entidade, os animais mortos são colocados em composteiras nas próprias propriedades, mas o sistema já está no limite. "O risco ambiental e de saúde pública é crescente", adverte a associação em comunicado.
Volumes próximos de 120 mil toneladas de carne de frango e de carne suína deixaram de ser exportados desde o início da greve. Pelo levantamento da entidade e os associados, caminhões com rações, insumos para a produção da alimentação animal (como milho e soja) e outros produtos ainda estão impedidos de circular. Além dos bloqueios, há relatos de ameaças a motoristas que querem deixar a paralisação. Em nota, a associação apela: "A situação é alarmante para todo o setor. A continuação dos bloqueios para produtos alimentícios, rações e animais são um grave risco para o País e exigem uma ação forte e imediata do governo. Não é mais possível esperar".
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