Portugueses assistem ao jogo contra o Uruguai à beira do Rio Tejo
Em Lisboa, milhares de pessoas se encaminham para a famosa Praça do Comércio, à beira do Rio Tejo, para assistir ao jogo de Portugal e Uruguai, nos telões, disponibilizados pelo governo da cidade. No local, ponto de encontro de turistas de todo o mundo, os melhores lugares para assistir ao jogo são disputados. Mas, na capital portuguesa, nem todo mundo se anima a ir para as ruas acompanhar a partida. Nas horas que antecedem o jogo, há intensa movimentação de pessoas que se dirigem à casa de parentes e amigos para torcer em ambiente mais intimista e calmo.
É o caso, por exemplo, de António Coelho, 59 anos, aposentado, que faz questão de assistir ao jogo em casa. Muito amigo dos donos do açougue do seu bairro, a Lapa, António desceu para ajudá-los na limpeza da loja, para que todos conseguissem sair a tempo de correr para a frente dos televisores. Enquanto esfregava o chão da calçada da loja, António conversou com a Agência Brasil e se disse otimista quanto ao jogo de hoje. "Vai ser 1 a 0 para Portugal. Vamos empatar no zero a zero no primeiro tempo. No segundo tempo, vamos fazer um gol", disse António, que não se considera fanático. "Mas quando a seleção joga, gosto de estar fardado. É o meu país", afirmou. Na Pastelaria Cristal, confeitaria famosa no bairro pelos deliciosos pastéis de nata, o atendente Augusto Paiva, de 60 anos, não se mostrava tão confiante. "Posso ser sincero? Acho que vamos empatar em 0 a 0 e ser eliminados nos pênaltis. Estou preparado para o pior, para não ter desilusões", disse. Uma senhora que comprava doces ouviu a conversa e disse que apesar de respeitar a opinião de Augusto, estava torcendo para que a seleção ganhasse. Na mesma hora, entrou um pequeno torcedor, que comprou "línguas de veado", um típico biscoito português, para levar e comer com os amigos com quem ia assistir ao jogo. A pastelaria, diferentemente de outros estabelecimentos da capital portuguesa, não vai mostrar o jogo na televisão, nem vai fechar na hora da partida. Para Augusto, que não vai ver o jogo, isso é até uma vantagem, pois não vai "sofrer", diz, irônico. Em um pequeno bar, outro Augusto, vestido com a camisa da seleção, aguardava a hora do jogo enquanto tomava uma cerveja. Augusto Rocha, de 55 anos, está desempregado, mas trabalhava como "latoeiro", um tipo de artesão que repara calhas e telhados. Rocha acredita que Portugal vai empatar no tempo normal e que vai ganhar nos pênaltis. Ele aponta Suárez e Cavani como os principais rivais do time português no jogo de hoje. "O Uruguai tem uma equipe completa. Já a defesa e o meio de campo de Portugal me dão receio. Acho o técnico Fernando Santos um "bocadinho" medroso, conservador. Ele arrisca pouco e o nosso time empata muito", afirmou Rocha, que espera que Portugal ganhe, pois apostou dinheiro na vitória. De acordo com dados publicados hoje pelo jornal português Expresso, horas antes do jogo, as vendas no comércio sobem e caem, entre 33% e 40%. Já a utilização da internet fixa, nos três jogos anteriores da seleção portuguesa, caiu entre 24% e 27%. Em relação ao movimento de táxis, a queda foi de 35% durante as partidas.
É o caso, por exemplo, de António Coelho, 59 anos, aposentado, que faz questão de assistir ao jogo em casa. Muito amigo dos donos do açougue do seu bairro, a Lapa, António desceu para ajudá-los na limpeza da loja, para que todos conseguissem sair a tempo de correr para a frente dos televisores. Enquanto esfregava o chão da calçada da loja, António conversou com a Agência Brasil e se disse otimista quanto ao jogo de hoje. "Vai ser 1 a 0 para Portugal. Vamos empatar no zero a zero no primeiro tempo. No segundo tempo, vamos fazer um gol", disse António, que não se considera fanático. "Mas quando a seleção joga, gosto de estar fardado. É o meu país", afirmou. Na Pastelaria Cristal, confeitaria famosa no bairro pelos deliciosos pastéis de nata, o atendente Augusto Paiva, de 60 anos, não se mostrava tão confiante. "Posso ser sincero? Acho que vamos empatar em 0 a 0 e ser eliminados nos pênaltis. Estou preparado para o pior, para não ter desilusões", disse. Uma senhora que comprava doces ouviu a conversa e disse que apesar de respeitar a opinião de Augusto, estava torcendo para que a seleção ganhasse. Na mesma hora, entrou um pequeno torcedor, que comprou "línguas de veado", um típico biscoito português, para levar e comer com os amigos com quem ia assistir ao jogo. A pastelaria, diferentemente de outros estabelecimentos da capital portuguesa, não vai mostrar o jogo na televisão, nem vai fechar na hora da partida. Para Augusto, que não vai ver o jogo, isso é até uma vantagem, pois não vai "sofrer", diz, irônico. Em um pequeno bar, outro Augusto, vestido com a camisa da seleção, aguardava a hora do jogo enquanto tomava uma cerveja. Augusto Rocha, de 55 anos, está desempregado, mas trabalhava como "latoeiro", um tipo de artesão que repara calhas e telhados. Rocha acredita que Portugal vai empatar no tempo normal e que vai ganhar nos pênaltis. Ele aponta Suárez e Cavani como os principais rivais do time português no jogo de hoje. "O Uruguai tem uma equipe completa. Já a defesa e o meio de campo de Portugal me dão receio. Acho o técnico Fernando Santos um "bocadinho" medroso, conservador. Ele arrisca pouco e o nosso time empata muito", afirmou Rocha, que espera que Portugal ganhe, pois apostou dinheiro na vitória. De acordo com dados publicados hoje pelo jornal português Expresso, horas antes do jogo, as vendas no comércio sobem e caem, entre 33% e 40%. Já a utilização da internet fixa, nos três jogos anteriores da seleção portuguesa, caiu entre 24% e 27%. Em relação ao movimento de táxis, a queda foi de 35% durante as partidas.
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