Alta do dólar faz BC elevar projeções para inflação
A estimativa de inflação para este ano subiu, segundo o Relatório de Inflação divulgado hoje (27) pelo Banco Central (BC), na internet. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,2%, em junho, para os atuais 4,4%. Essa é a projeção elaborada com base em perspectiva do mercado financeiro para a taxa de juros (6,5% ao ano) e para o dólar (R$ 4,15 no fim de 2018). A estimativa ficou bem próxima do centro da meta de inflação, que é 4,5% este ano. Para 2019, o centro da meta é 4,25% e para 2020, 4%. O intervalo de tolerância é de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2019, a projeção para o IPCA passou de 4,1% para 4,5%. A estimativa para 2020 passou de 4,1% para 4,2%. E para 2021, a projeção é 4,2%. Segundo o BC, a elevação das projeções de inflação foi motivada pela alta do dólar. "O principal fator de elevação das projeções em relação ao Relatório de Inflação de junho foi a depreciação cambial ocorrida no terceiro trimestre de 2018, quando a taxa de câmbio passou de uma média de R$ 3,61 no segundo trimestre para valores na casa de R$ 4,15", diz o BC. De acordo com o BC, também contribui para a elevação das estimativas a alta de preços administrados, como energia elétrica e combustíveis. "Por outro lado, fatores importantes contribuem para mitigar os efeitos da depreciação cambial [alta do dólar] e trazer a inflação para trajetória de queda, como a ancoragem das expectativas de inflação, o alto nível de ociosidade dos fatores de produção, a trajetória mais lenta de recuperação da atividade econômica e a própria diminuição dos efeitos da depreciação cambial ao longo do tempo", diz o BC, no relatório.
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