Topo

Witzel cobra investigação federal sobre contrabando e tráfico

18/06/2019 13h13

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou que a diminuição da criminalidade e das mortes de policiais no estado só vai ocorrer com a ampliação de investigações sobre o crime organizado, o tráfico de armas e de drogas e a lavagem de dinheiro. Segundo ele, não há grandes investigações envolvendo o crime organizado ocorrendo no Ministério Público Federal nem na Polícia Federal.

"Eu queria que o Ministério Público Federal começasse a investigar, porque até agora nós não temos números consideráveis sobre lavagem de dinheiro do crime organizado. Eu não conheço grandes investigações envolvendo a lavagem de dinheiro do crime organizado, que está colocando armas no Rio de Janeiro, que está passando pelas fronteiras", disse, após participar da cerimônia de entrega de viaturas para a Polícia Militar do estado, feita pelo Gabinete de Intervenção Federal.

Ele acusou o Ministério Público Federal de investigar apenas as ações da polícia e deixar de agir contra o crime organizado. O governador afirmou que vai solicitar informações aos órgãos federais.

"O estado está preocupado porque a investigação é só na polícia. Nós vamos fazer agora uma apuração sobre quantos crimes de lavagem estão sendo investigados hoje na União, Ministério Público e Polícia Federal. Qual a razão pela qual nós não temos uma produção maior na investigação da lavagem de dinheiro, do tráfico de armas e de drogas. Qual a razão? Tem que ter uma justificativa e eu vou pedir essa justificativa".

O MPF, por meio da assessoria de imprensa da Procuradoria da República no Rio de Janeiro, informou que "não comenta declarações".

Viaturas

O governador Wilson Witzel participa de entrega, pelo Gabinete de Intervenção Federal, de viaturas para a Polícia Militar no Batalhão de Choque, no centro do Rio. - Tomaz Silva/Agência Brasil

O Gabinete de Intervenção Federal entregou hoje ao estado viaturas compradas com verba da União. A intervenção terminou no dia 31 de dezembro de 2018, mas as compras feitas na época ainda estão sendo entregues.

Ao todo, foram 480 motocicletas para as unidades da Polícia Militar, 200 para o Batalhão de Choque, 26 picapes para o transporte de pessoas detidas e oito ambulâncias.