'Não tem lógica o que fizeram', diz pai de menina morta em ataque no Maranhão
A menina Ana Clara de Sousa, de 6 anos, foi enterrada nesta terça-feira, 7, sob clima de revolta no Cemitério Jardim da Paz, em São José de Ribamar (MA). "Acabei de enterrar minha filha e é uma dor muito grande", disse Wenderson de Sousa, pai da menina queimada com a mãe e uma irmã de 1 ano num ônibus. "Não tem lógica. Aonde vai a crueldade do ser humano?"
Centenas de pessoas acompanharam o velório da criança, que teve 95% do corpo queimado. A mãe de Ana Clara, Juliane Carvalho Santos, de 22 anos, e a irmã Lorane Beatriz Santos continuam internadas.
O enterro atraiu moradores de toda a região de São Luís, que vive uma onda de terror desde o início do mês, quando criminosos presos ordenaram ataques à polícia e ao transporte coletivo.
"O Maranhão precisa de intervenção federal já", disse a doméstica Luciana Pereira, 55, que ficou comovida com o caso e foi ao enterro de Ana Clara.
Crise
No fim de dezembro, a crise dos presídios do Maranhão ganhou as ruas. Foram mais de 60 assassinatos desde 2013 - 2 em 2014. Ana Clara foi operada, mas não resistiu. Ela foi uma das cinco vítimas dos atentados a ônibus e a delegacias na capital maranhense.
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