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Sem prazo para reforma, Copan perde pastilhas da fachada

08/10/2014 10h38

São Paulo - Quem passa na frente do Copan, no centro de São Paulo, logo acha que o icônico edifício projetado por Oscar Niemeyer (1907-2012) está em reforma. Mas a rede de proteção azul que cobre os 35 andares é para, na verdade, evitar a queda constante de pastilhas e blocos de concreto da fachada.

Orçadas em R$ 23 milhões, as obras para recuperar o prédio não têm data para começar. O síndico Affonso Celso Prazeres, de 75 anos, diz ter tentado, em três assembleias, apoio dos moradores para trocar as pastilhas. O valor do condomínio, que varia de R$ 180 a R$ 810, seria reajustado em 50%, durante três anos.

Cerca de 2 mil pessoas residem no Copan. Alguns moradores reclamam que a fachada está "em ruínas". O visual da frente do prédio está bem diferente após a perda de centenas de pastilhas pretas e brancas que caracterizam o edifício.

"Eles (moradores) não podem reclamar. Ninguém topou a reforma", diz Prazeres. O síndico aguarda um "projeto executivo" de reforma para pedir autorização na Prefeitura. Qualquer intervenção no Copan, tombado pelo patrimônio histórico, precisa do aval do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Conpresp). "Temos R$ 11 milhões em caixa. Podemos começar a reforma e depois buscar parceiros no curso das obras para conseguir o restante do dinheiro", afirma Prazeres.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.