Dez policiais do Denarc são acusados de improbidade em SP
O Ministério Público Estadual (MPE) ajuizou na quarta-feira (30) uma ação civil pública por improbidade administrativa contra dois delegados e oito policiais civis do Departamento de Narcóticos (Denarc) acusados de cobrar propina de traficantes em troca de informações sigilosas e de proteção. Três informantes da polícia também foram incluídos na ação.
Segundo os promotores, os acusados armaram um esquema para extorquir um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) e líder do tráfico de drogas na região do Jardim São Fernando, conhecido como "Codorna". Os policiais teriam cobrado R$ 200 mil para que ele não fosse preso.
Para garantir o pagamento, eles teriam praticado sequestros e torturas contra integrantes do grupo de "Codorna", além de terem invadido seu apartamento. Lá, retiraram R$ 18 mil, forjaram flagrante e fizeram reféns pessoas ligadas ao traficante - entre elas, duas mulheres e duas crianças.
O MPE pediu o afastamento, a perda de cargo público e a suspensão dos direitos políticos dos policiais Silvio Videira, Jandré de Souza, Leonel Santos, Daniel Bazzan, Gilson dos Santos, Carlos Silva, Danilo Nascimento e Marcos Oliveira; dos delegados Fábio Alcantara e Clemente Castilhone Júnior e dos informantes Walter Oliveira, Sandro Torres e Jéfferson Lino. A defesa dos réus não foi localizada pela reportagem. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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