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Dilma promete ajuda ao RS e diz que é preciso retirar pessoas de áreas de risco

Dilma sobrevoou as áreas alagadas em Uruguaiana (RS) neste sábado (26) - Roberto Stuckert Filho/Divulgação
Dilma sobrevoou as áreas alagadas em Uruguaiana (RS) neste sábado (26) Imagem: Roberto Stuckert Filho/Divulgação

Em Porto Alegre

26/12/2015 14h05

A presidente Dilma Rousseff sobrevoou na manhã deste sábado (26) as áreas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul e se reuniu por mais de uma hora com prefeitos gaúchos da cidades mais atingidas. Ela prometeu ajuda ao Estado e disse que é preciso retirar, de forma permanente, as pessoas das áreas de risco.

As enchentes dos últimos dias castigaram principalmente a fronteira oeste e a região central do Estado, deixando milhares de pessoas fora de casa durante o Natal.

Dilma chegou por volta das 10h30 a Uruguaiana, que fica a mais de 600 quilômetros da capital gaúcha. Ela estava acompanhada do governador em exercício, Edson Brum (PMDB), do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e do secretário nacional da Defesa Civil, Adriano Pereira Junior.

Após o encontro, em breve conversa com a imprensa na cidade de Uruguaiana, a presidente disse que o governo federal está trabalhando em três frentes para ajudar os municípios, em conjunto com as autoridades estaduais e as prefeituras: a primeira é o resgate das famílias atingidas; a segunda é a recuperação das cidades, principalmente das estradas vicinais; e a terceira é a retirada definitiva das pessoas das áreas de risco.

"Quando a gente olha a questão de retirada das pessoas da área de risco, temos que ver uma situação que seja permanente, daí a importância do programa Minha Casa Minha Vida", afirmou Dilma. Segundo ela, um dos requisitos do programa é que as zonas consideradas impróprias fiquem impedidas de receber novas moradias no local.

Dilma disse que o governo federal tem acompanhado de perto vários momentos de desastre, e citou a tragédia da cidade mineira de Mariana, que foi destruída após o rompimento de uma barragem.

Voltando a falar do Rio Grande do Sul, reforçou a importância de que as famílias afetadas pelas enchentes sejam realocadas de forma definitiva. "Nós não queremos que as pessoas voltem para o lugar em que estavam antes e que foi objeto do alagamento. Senão vamos ficar, usando uma expressão popular, enxugando gelo", declarou.

Ela também alertou para a necessidade de cooperação entre as esferas federal, estadual e municipal. "É muito importante que haja esta integração para que as pessoas sejam atendidas e possam retornar à sua tranquilidade. É uma situação muito difícil, principalmente nesse momento de festas", disse.

A presidente anunciou que o ministro Occhi voltará ao Rio Grande do Sul na próxima semana para fazer uma discussão sobre ações concretas e imediatas que podem ser tomadas, como a liberação dos recursos do FGTS para os cidadãos das regiões prejudicadas.

Ela também afirmou que muitas das cidades atingidas são áreas agrícolas, principalmente de plantio de arroz. De acordo com a presidente, os prefeitos manifestaram preocupação com relação ao possível comprometimento da safra. "Vou conversar com a ministra da Agricultura (Kátia Abreu), para ver o que é possível fazer", disse.

"Outra questão é esta de recompor, dentro das nossas possibilidades, as estradas vicinais. Não temos como recompor todas, mas vamos fazer aquele primeiro socorro que vai ajudar a ter trânsito nesses locais."

Números

De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado, na sexta-feira, mais de 1.795 famílias de 38 municípios foram afetadas pelas chuvas dos últimos dias no Rio Grande do Sul.

Ainda conforme este boletim, nove cidades gaúchas ainda têm moradores desalojados ou desabrigados: Agudo, Alegrete, Barra do Quaraí, Itaqui, Jaguari, Quaraí, Rosário do Sul, São Borja e Uruguaiana. Até agora, 12 municípios decretaram situação de emergência.

O próximo informativo da Defesa Civil Estadual só sairá na tarde deste sábado, mas a equipe que atua na área mais atingida já adiantou que a situação se agravou por causa da cheia dos rios. Conforme informações preliminares, só na Fronteira Oeste o número de famílias afetadas passa de 1.800.

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