Opositores pedem audiência com Lewandowski por agilidade no impeachment
"Decidimos fazer uma visita da oposição ao presidente do Supremo para pedir agilidade na votação dos embargos para que a gente possa voltar a funcionar. Não podemos mais aceitar que o Brasil fique complemente paralisado, a atividade industrial completamente parada, o Congresso e o governo paralisados", afirmou após o encontro o presidente do Solidariedade, deputado Paulo Ferreira da Silva, o Paulinho da Força.
"Estamos decidindo ir ao Supremo Tribunal Federal para que o Supremo delibere sobre os embargos apresentados pela Câmara no sentido de tomar uma posição. Até porque continuamos a dizer que foi uma decisão equivocada do STF", acrescentou o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).
No início deste mês, a Mesa Diretora da Câmara apresentou recursos ao STF que questiona trechos da decisão da Corte, preferida em dezembro do ano passado, sobre o rito a ser obedecido no processo de impeachment.
Manifestações
No encontro desta terça, que também contou com a participação de lideranças do DEM, PSB, deputados do PMDB e representantes do Movimento Brasil Livre (MBL), ficou decidido ainda que os opositores vão apoiar as manifestações pró-impeachment, previstas para o próximo dia 13 de março.
Lideranças dos partidos de oposição consideram que a mobilização do próximo mês ganhará mais força após o pedido de prisão do publicitário João Santana, responsável pelas últimas três campanhas presidenciais do PT, decretado ontem na 23ª fase da Operação Lava Jato. Santana e a mulher, Mônica Moura, que também teve pedido de prisão decretado, desembarcaram pela manhã no Brasil e se entregaram à Polícia Federal.
"Os últimos acontecimentos (prisão de João Santana) geraram novamente uma comoção no País. Até porque o Santana, mais do que um marqueteiro, é o principal conselheiro da presidente Dilma. Ela ouve mais o João Santana do que o próprio ex-presidente Lula. É uma pessoa que frequenta não apenas o Palácio do Planalto, mas a intimidade do Palácio da Alvorada e que tomou conta. Primeiro foi o tesoureiro nacional que foi preso e condenado, agora é o marqueteiro", ressaltou o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy.
Na reunião também ficou decidida a criação de um comitê pró-impeachment, ainda sem previsão de iniciar as atividades, mas que deverá atuar na organização de ações em todo o País a favor do afastamento da presidente Dilma.
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