Hemorio suspende atendimento em meio à crise financeira
A grave crise financeira do Estado do Rio afetou neste domingo (10) os serviços do Instituto Estadual de Hematologia (Hemorio), órgão que capta e distribui sangue a pacientes em tratamento em mais de 200 unidades da rede estadual. O atendimento no local foi suspenso. Os funcionários já tinham reduzido o horário de coleta na última semana, após dois meses sem receber os salários.
De acordo com comunicado no site do Instituto, o atendimento foi suspenso em caráter "excepcional". A previsão é que nesta segunda-feira o atendimento ocorra normalmente, das 7 horas Às 18 horas. "Contamos com a solidariedade de todos os nossos doadores e da população do Rio de Janeiro", diz o comunicado no site do Hemorio.
O Instituto tem cerca de 180 funcionários, dos quais 90% são terceirizados e têm os salários atrasados. Segundo a assessoria de imprensa do instituto, os próprios médicos e enfermeiros têm realizado as funções administrativas no local para não interromper o atendimento. Ainda assim, a coleta de sangue teve horário reduzido desde a última terça-feira.
A crise financeira do Estado atinge também servidores de outras categorias, que deflagraram greve na última semana. Entre as categorias paralisadas estão policiais civis e funcionários do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), que atende crianças e adolescentes infratores.
Também professores e servidores da educação têm atividades paralisadas. Em apoio, os estudantes da rede estadual ocupam cerca de 10 escolas no Rio. Ao todo, a greve atinge parcialmente 33 categorias de servidores estaduais em órgãos como o Detran e o Instituto Médico Legal (IML).
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