Corpo de soldado morto quando chegava para trabalhar em UPP é enterrado
Filho de um policial reformado, Dias trabalhava na UPP da Mangueira com o irmão Vinicius. Muito emocionado, Vinícius abraçou a sobrinha de 15 anos e prometeu que tomaria conta dela e da irmã, de 12. "Todo dia é isso. A gente fala e não adianta nada. Eu estou revoltado, sem palavras. Eu e meu irmãos trabalhamos juntos sempre, éramos carne e unha", disse o policial.
Eduardo Dias e o soldado identificado pela Polícia Militar (PM) apenas como Gurgel chegavam para trabalhar e passavam na Rua Visconde de Niterói, principal via de acesso à favela, quando o carro da corporação em que estavam foi cercado por ao menos dez vandidos
"Vou te falar, muita covardia, meu irmão. Não deu pra fazer nada, para entender nada o que estava acontecendo. Só deu pra se abrigar. Não desejo isso pra ninguém, irmão, não desejo isso pra ninguém", relatou Gurgel numa mensagem de áudio para outros PMs. Gurgel não se feriu. Eduardo Dias foi atingido no peito. Morreu no Hospital Quinta D'Or, na Quinta da Boa Vista, na zona norte.
Pela manhã, o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, se reuniu com alunos do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PM (Cefap). "Esse é um momento triste, não vivemos só de vitórias. Estamos com trabalhos de Inteligência para dar nossa resposta", afirmou Beltrame aos policiais. Ele disse ainda que investiu em obras de em melhorias em 85 bases policiais em favelas para aumentar a segurança dos policiais. Beltrame anunciou que a Secretaria Nacional de Segurança Pública enviará 19 mil coletes à prova de bala, dos quais 1,9 mil femininos.
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