OMS e ONU não têm recursos para lidar com o avanço do vírus zika
Declarada como uma emergência internacional de saúde pública, o zika obrigou a OMS a se mobilizar para tentar conter a doença, já espalhada por 60 países. Cientistas e até atletas já até alertam sobre os riscos dos Jogos Olímpicos do Rio. Ainda que a OMS insista que não existe chance de um adiamento do evento, a realidade é que seu programa de ação está sendo seriamente afetado por falta de dinheiro.
A entidade pediu doações e contribuições de governos no valor de US$ 17,7 milhões. Mas recebeu apenas US$ 2,3 milhões até agora.
A Organização Pan-americana de Saúde (Opas) havia feito um apelo por US$ 8,1 milhões. Mas recebeu apenas US$ 1,6 milhão para suas ações na região mais afetada pela crise. Outro parceiro da ONU, a AmeriCares, solicitou US$ 4,1 milhões - recebeu apenas US$ 40 mil.
Diversas entidades sofrem com o mesmo problema. O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA, na sigla em inglês) solicitou US$ 9,6 milhões e foi praticamente ignorado. Apenas US$ 250 mil entraram no caixa.
Mesmo no Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês), o pedido de US$ 13,8 milhões foi atendido em somente US$ 1,7 milhão, deixando um buraco de US$ 12 milhões.
Segundo a OMS, um novo plano será lançado em julho para lidar com o que a entidade chama de "proliferação" cada vez maior da doença. Para a agência, o zika vai continuar ganhando novos territórios.
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