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Zelotes investiga repasse de R$ 10 milhões a filho de Lula

Luís Cláudio Lula da Silva, filho caçula do ex-presidente Lula - UOL
Luís Cláudio Lula da Silva, filho caçula do ex-presidente Lula Imagem: UOL

Em São Paulo

31/05/2016 08h07Atualizada em 03/06/2016 08h28

Investigadores da Operação Zelotes descobriram que o filho caçula do ex-presidente Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, e sua empresa, a LFT Marketing Esportivo, receberam quase R$ 10 milhões.

Até agora se sabia que Luís Cláudio havia embolsado R$ 2,5 milhões da Marcondes & Mautoni, consultoria acusada de comprar medidas provisórias.

Os novos valores apareceram após quebra do sigilo bancário dele e da empresa de 2009 a 2015, informa a Coluna do Estadão, do jornal "O Estado de S. Paulo". A LFT foi criada em 2011. Lula também é alvo da Zelotes.

A empresa de Luís Cláudio não tem funcionários registrados nem expertise em consultoria. O trabalho para a Mautoni foi copiado da internet.

Além das suspeitas sobre a compra de medidas provisórias editadas por Lula e Dilma Rousseff, a Zelotes investiga suposta propina na compra de caças suecos pelo governo Dilma.

Procurada pela reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", a assessoria de Luís Cláudio alegou que não localizou os advogados e teve pouco tempo para comentar o assunto.

No final da manhã de terça-feira (31), os advogados de Luís Cláudio enviaram nota ao UOL em que que "a verdade irrefutável é que Luís Cláudio não recebeu os valores indicados pelo jornal". "A empresa Touchodow Promocoes e Eventos Ltda. atua na organização do principal campeonato de futebol americano no país e, para tanto, aufere receitas através de patrocínio e venda de ingressos, como qualquer outra do setor. E foi para esta atividade canalizadas as verbas de patrocínio obtidas na legalidade."

A defesa também criticou o vazamento dos dados sigilosos da investigação, "antes mesmo que os advogados de Luís Cláudio tivessem acesso ao procedimento, em cumprimento à decisão do ministro Dias Toffoli", e disse que vai recorrer na Justiça. 
 
"O ocorrido será levado ao Supremo Tribunal Federal para que sejam tomadas as medidas necessárias para apuração da autoria do crime praticado. Quem comete ilegalidade é o veículo de imprensa em sua campanha persecutória e difamante."