Governo ainda acredita em candidato único da base, diz Padilha
Questionado se o governo tem trabalhado para tentar convencer Castro a desistir da candidatura, Padilha disse que "não só o Marcelo Castro". "Queremos que fique um só. Se for o Marcelo Castro 'esse um só', não será ele (que o governo tentará convencer para retirar)", disse. "Queremos que fique um só da base do governo", reforçou.
Para Padilha, caberá aos líderes fazerem os acordos que podem, inclusive, ir além do mandato tampão da presidência da Câmara. "Nós estamos pensando que (os líderes) podem fazer acerto para 2016, 2017, 2018. Não precisa ser só 2016. Tem muito jogo pela frente", disse.
Segundo Padilha, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, tem conversado há mais de uma semana para tentar construir o consenso na base. Na insistência de repórteres de que isso então significava na prática uma atuação do governo, Padilha rechaçou a ideia. "Não. Nós não interferimos na definição de quem seja, mas nós queremos, sim, que tenha um, um candidato da base. Queremos a unidade da base. E unidade da base se constrói sem disputa", reforçou Padilha. O ministro afirmou, entretanto, que "esse problema tem de ser decidido pelo conjunto de líderes".
Padilha repetiu que muita coisa pode acontecer até a eleição desta quarta e reforçou que o objetivo do governo é manter o quórum acima de dois terços "que nos assegura aprovar o que o Brasil está precisando". "Estamos fazendo de tudo para mantermos a nossa base", disse. Ele reforçou que o governo entrando na disputa só tende a perder. "Olhem o passado, queremos olhar pra frente", disse.
Oposição fraca
Mesmo com os rachas na base, Padilha disse que não vê a oposição "com chance de fazer o presidente da Câmara". Segundo ele, até quarta, os candidatos ainda não devem ser considerados como reais postulantes a vaga.
O ministro negou que o fato de Castro ter votado contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff cause desconforto para o governo e citou o caso de Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que também votou a favor de Dilma, e hoje está no governo Temer. "O PMDB tem sido compreensivo com algumas dissidências internas", disse.
Ajuda gaúcha
O ministro deu as declarações após uma reunião de Temer com a bancada gaúcha no Congresso, reduto eleitoral de Padilha. No encontro, segundo o ministro, ficou acertado que o governo dará R$ 100 milhões, divididos em cinco parcelas, para a retomada da obra da ponte do Rio Guaíba. "O governo remanejou recursos dentro do PAC para a retomada da ponte do Guaíba, considerada 'prioridade número um'", disse.
O senador Lasier Martins (PDT-RS) disse que na reunião foi informado que, tão logo o decreto de reprogramação orçamentária seja publicado, as obras serão retomadas. "Saímos satisfeitos. O presidente Temer disse que pretende retomar as obras já iniciadas", disse o senador. Segundo o senador, apesar de a bancada expor outras demandas Temer foi cauteloso. "Ele disse que vamos aos poucos, vamos por partes", afirmou Lasier.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.