José Aníbal defende que Meirelles seja 'inflexível' nas concessões do ajuste
03/08/2016 18h36
"Isso é uma matéria em que a posição do ministro tem que ser inflexível", criticou Aníbal, suplente do senador licenciado e ministro das Relações Exteriores, José Serra. "Daqui a pouco vão flexibilizar o Brasil", disse ele.
Em entrevista no Senado, o tucano disse que ainda é possível rever as concessões feitas pelo Executivo no projeto de renegociação das dívidas. Com uma série de recortes de matérias de jornais em mãos com declarações de Meirelles, ele criticou as exceções abertas no projeto ao Poder Judiciário, ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público estaduais.
Para Aníbal, em vez das categorias que pressionam por reajustes e concessões, a maior dificuldade que se existe no País hoje são os 12 milhões de desempregados. Ele disse não entender como se justificam essas concessões apenas com o argumento de que estão previstos em teto de gastos.
"Para se flexibilizar a regra, para se excepcionalizar a regra para determinados setores, se terá de agravar as condições para outros setores, redução de investimento: quem sabe saúde, educação, segurança... Não pode. Nós vivemos em uma situação em que as escolhas não são fáceis. São escolhas que nem sempre nos permitem compatibilizar os nossos desejos e os desejos fundados dos mais diversos setores que compõem o funcionalismo público, o Estado brasileiro", disse Aníbal em um discurso da tribuna do Senado nesta quarta-feira.