Senadores do PT conseguem burlar norma e usar tempo de fala para pronunciamento
25/08/2016 20h12
Depois que a testemunha de acusação Julio Marcelo de Oliveira foi declarada suspeita e passou a prestar depoimento apenas como informante, a base do PT considerou não fazer mais perguntas ao depoente e usar o tempo de fala apenas para pronunciamento.
Após as primeiras tentativas, Lewandowski repreendeu os senadores e proibiu a estratégia, determinando que eles fizessem questões objetivas. Uma nova estratégia foi adotada, aproveitando o sistema de réplica e tréplica.
Agora, os senadores petistas questionam o informante, que tem seu direito de resposta. No momento da réplica, os senadores usam o tempo para fazer um discurso e, ao final, declaram que não farão perguntas. Não há impedimento para que não sejam feitos questionamentos no momento da réplica que, na verdade, é entendida como um direito de resposta do senador. O informante, por sua vez, perde o direito de fala.
A formatação foi usada pelas senadoras Regina Sousa (PT-PI) e Angela Portela (PT-RR), logo após a sessão ser retomada nessa noite. Ao declararem que não fariam perguntas, Lewandowski respondeu: "Sem perguntas, sem resposta. Passamos para o próximo senador."