Kátia Abreu pretende jantar com Dilma neste sábado
Segundo a senadora, que é aliada e amiga pessoal de Dilma, "tudo tem que ser combinado" e é preciso discutir a ordem das perguntas e também o tratamento que será dado a presidente afastada, que virá acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de uma comitiva de cerca de 35 pessoas. A lista é composta principalmente por ex-ministros do governo da petista, como Jaques Wagner, Aloizio Mercadante, Ricardo Berzoini, Miguel Rossetto, Patrus Ananias, Aldo Rebelo, Izabela Teixeira e Eleonora Menicucci.
Na sessão de ontem, a senadora disse que a estratégia dos acusadores da presidente afastada no processo de impeachment é apresentá-la como "maluca e irresponsável". "A presidente é acusada de falta de responsabilidade fiscal, mas o que praticamos é a farsa fiscal", afirmou. A senadora disse que foi o governo do presidente em exercício, Michel Temer, que conseguiu aprovar um déficit de R$ 170 bilhões, e não Dilma, que havia proposto um déficit de R$ 96 bilhões.
Acerto A articulação em torno do tratamento que será dado a Dilma também foi tema de encontro entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e senadores petistas ontem à noite e deve ser pauta de um encontro com líderes ainda hoje.
Ontem, após a confusão durante o julgamento do impeachment, Renan recebeu em sua residência oficial os petistas Jorge Viana (PT-AC) e Lindbergh Farias (PT-RJ). Na conversa, os petistas fizeram um apelo para que o peemedebista pedisse aos parlamentares para que haja uma postura de respeito em relação à presidente Dilma na segunda-feira.
"A vinda dela vai ter um peso muito grande. Se passarmos do ponto, vamos nos transformar na Câmara do dia 17 de abril", disse Lindbergh, em referência ao dia da votação do impeachment na outra Casa. Lindbergh afirmou ainda que foi "organizar o jogo" com o presidente da Casa.
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