Não se fala em crise institucional porque não existe, diz ministro da Casa Civil
"Crise institucional zero. As instituições, os poderes da República, funcionam plenamente. Portanto não existe crise institucional", afirmou nesta sexta-feira a jornalistas, ao chegar a evento na sede da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).
Ele tratou de amenizar o episódio desta semana. "Nós tivemos sim, alguma discrepância entre como se vai interpretar um determinado fato entre o Legislativo e o Judiciário", afirmou Padilha.
Na semana passada, o juiz de primeira instância Vallisney de Souza Oliveira autorizou a prisão de quatro policiais legislativos, além de buscas na sede da Polícia Legislativa no Congresso Nacional. Após o episódio, o presidente do Senado, Renan Calheiros, declarou que a operação foi "fascista" e chamou o juiz responsável de "juizeco". A presidente do, ministra Cármen Lúcia, rebateu as críticas no início desta semana, dizendo que onde um juiz é "destratado", ela também é.
"Ontem (27) o Judiciário disse como deveria ser. Ponto, terminou (a crise)", acrescentou Padilha, referindo-se à decisão do ministro Teori Zavascki, do STF, que suspendeu, nessa quinta-feira, 27, os efeitos da Operação Métis no Senado.
De acordo com Padilha, a crise entre a opinião de uma pessoa e de outra não significa que há crise uma entre as instituições. "As instituições estão funcionando perfeitamente com independência e harmonia. Portanto não se fala em crise institucional porque ela não existe", avaliou. Depois, durante a palestra a empresários gaúchos, voltou ao tema, dizendo que as pessoas envolvidas no episódio "não estão brigadas".
O presidente Michel Temer entrou em cena para apaziguar os ânimos entre Legislativo e Judiciário. Nesta sexta-feira, reuniram-se no Itamaraty, os chefes dos três poderes: Temer, a ministra Cármen Lúcia, e Renan Calheiros, além do ministro da Justiça, Alexandre Moraes, que também esteve no centro da crise desta semana.
Greve
Perguntado sobre a decisão do STF dessa quinta-feira, que determinou que os servidores públicos que aderirem a paralisações tenham os dias de greve descontados do seu salário, Padilha limitou-se a dizer que "foi o Supremo Tribunal Federal quem disse, não é o governo que está dizendo".
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