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Direitos Humanos deve continuar como secretaria em SP, diz Soninha

23/11/2016 18h14

São Paulo - A vereadora eleita Soninha Francine (PPS), escolhida pelo prefeito eleito João Doria (PSDB) para ser secretária de Desenvolvimento Social em São Paulo a partir do ano que vem, disse que a área de Direitos Humanos e Cidadania deve continuar como uma secretaria na gestão do tucano. Anteriormente, cogitava-se que a pasta fosse englobada pela secretaria que Soninha vai assumir.

Já as secretarias de Políticas para as Mulheres e Promoção da Igualdade Racial devem ser extintas e compor a pasta do Desenvolvimento Social, prevê Soninha. Doria prometeu reduzir das atuais 27 para 22 pastas, extinguindo sete e criando duas novas. Ele ainda não anunciou oficialmente quais secretarias da gestão de Fernando Haddad (PT) serão extintas na nova gestão.

Em entrevista à TV Estadão, Soninha destacou que todas essas áreas precisam estar integradas, independente da configuração. "As coordenadorias dessas áreas têm que ter interlocução com todo mundo (na administração)", afirmou.

A futura secretária esclareceu que a defesa que fez do uso de derivados da maconha como forma de atenuar o sofrimento de usuários de crack em abstinência foi uma declaração de opinião pessoal, e não o anúncio de alguma medida. A declaração foi feita no dia em que Doria apresentou Soninha para a pasta, durante coletiva de imprensa, no último dia 10. "É uma opinião sobre qual eu não tenho a menor influência, sequer o secretário da Saúde tem para adotar um protocolo para usuários de crack que não tenha passado do estágio de experiência", disse.

Soninha defendeu uma transição de mudanças no programa De Braços Abertos, adotado na gestão Haddad, para outro modelo a ser formatado na administração de Doria. Ela afirmou que recebeu do vereador eleito, Eduardo Suplicy (PT), cartas de usuários do programa pedindo para que as atividades oferecidas pela Prefeitura atualmente não acabem. "Eles imaginam que Doria chega, fecha a porta dos hotéis sociais, cancela as oficinas. Não é assim, tem uma lógica de transição de modelo de programa para outros", afirmou.

Uma das sugestões de Soninha é considerar o encaminhamento de dependentes para comunidades terapêuticas e internação, assim como ocorre no programa Recomeço, desenvolvido pelo governo do Estado. Ela também disse que vai defender a adoção de medidas emergenciais de atendimento, como instalação de banheiros e chuveiros em locais com concentração de moradores em situação de rua.

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O prefeito eleito anunciará amanhã os nomes dos titulares de mais secretarias no seu governo. A equipe de Doria não adiantou quantos secretários vão ser apresentados. Alexandre Schneider, ex-secretário na gestão Kassab, deve ser confirmado na pasta da Educação. André Sturm, diretor do Museu da Imagem e do Som (MIS), deve ser apresentado na pasta de Cultura. Também deve ser anunciado o vereador Eliseu Gabriel (PSB) para a Secretaria do Trabalho e Empreendedorismo. O prefeito eleito já apresentou 16 titulares. Faltam ainda ser divulgados oficialmente seis secretários.