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Mendes diz que questões do episódio envolvendo Geddel 'estão sendo magnificadas'

Para Gilmar Mendes, inusitado é ministro gravar presidente - Nelson Jr./SCO/STF
Para Gilmar Mendes, inusitado é ministro gravar presidente Imagem: Nelson Jr./SCO/STF

Em São Paulo

25/11/2016 11h46

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, afirmou nesta sexta-feira (25) que o episódio envolvendo o agora ex-ministro da Cultura Marcelo Calero e o ministro demissionário da secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, está sendo "magnificado".

Em depoimento prestado à Polícia Federal, Calero acusou o presidente Michel Temer de tê-lo "enquadrado" para buscar uma saída para a obra de interesse de Geddel. O ex-ministro disse inclusive que gravou uma das conversas que teve com o presidente.

Questionado sobre o caso, que gerou até mesmo conversas sobre um pedido de impeachment de Temer entre a oposição, Gilmar Mendes minimizou a situação.

"Parece que as coisas estão sendo magnificadas. Vejo algo inusitado nessa história de que o ministro teria gravado o presidente. Se isso ocorreu, vai para o Guiness (Book, livro de recordes). É uma coisa inusitada, absolutamente despropositada, que um ministro, ainda mais para um profissional do Itamaraty, tenha esse tipo de conduta. Realmente suscita preocupação", disse ele em rápida conversa com a imprensa após participar de um evento na Fiesp para celebrar os 20 anos da lei de mediação.

Ele afirmou acreditar que o caso será tratado pelos meios adequados e será devidamente encaminhado. "Temos crises maiores do que esse episódio relativo a um flat em uma longínqua praia da Bahia", ironizou.

Pressionado se acredita que a conduta de Geddel configuraria tráfico de influência, Gilmar Mendes disse isso terá de passar por exame oportunamente, se houver denúncia - e o STF for instado a analisar o caso.

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