Retirada do avião será feita por empresa particular, diz Cenipa
![Cinco pessoas morreram no acidente aéreo, entre eles o ministro do STF, Teori Zavascki - Reprodução/Twitter/@Aeroagora](https://conteudo.imguol.com.br/c/bol/fotos/d0/2017/01/19/19jan2017---fotos-mostram-destrocos-de-aviao-que-caiu-em-paraty-no-rio-de-janeiro-e-levava-o-ministro-do-stf-teori-zavaski-o-filho-do-ministro-o-advogado-francisco-prehn-zavascki-confirmou-que-o-1484855481139_615x300.jpg)
Rio - Uma empresa particular será responsável pelo resgate dos destroços do avião que caiu no mar na quinta-feira (19), a menos de dois quilômetros de Paraty, no Rio, matando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e mais quatro pessoas.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Aeronáutica responsável pela principal investigação sobre as causas do acidente, fez as primeiras intervenções e constatou que a operação de resgate será mais complexa do que se supunha.
"Nossa primeira missão sempre é resgatar as vítimas, o que concluímos ontem (sexta, 20). A segunda prioridade é encontrar o gravador de voz, o que também já fizemos, e a terceira é estabilizar a aeronave, evitando que as condições para a retirada dela piorem", contou o tenente-coronel aviador Edson Amorim Bezerra, responsável pela investigação sobre a queda do avião.
"Ontem (20) instalamos boias e fizemos a amarração do aparelho, que está ancorado. Por conta das boias e do movimento da maré, hoje (21) o avião flutuou totalmente, perdendo o contato com o fundo do mar", contou Bezerra. "Durante essa operação verificamos que a retirada do avião será complexa, porque ele está num local muito raso, onde a profundidade é de apenas três metros", afirmou.
"Se fosse uma operação simples, a própria Aeronáutica faria o resgate. Poderíamos usar um navio que está perto e a Petrobras nos ofereceu, mas ele não chega no local onde o avião está, devido à profundidade. Nesses casos é preciso contratar uma empresa especializada, e cabe ao dono do avião arcar com o custo. A seguradora já contratou uma firma sediada no Rio, cujos agentes devem chegar a Paraty ainda na tarde deste sábado (21). A empresa vai estudar o caso, montar um plano de retirada que será submetido à Marinha e ao Cenipa e então o resgate será feito", explicou o responsável pela investigação.
Por enquanto a operação de resgate da aeronave está parada e não há prazo para que ela seja retomada. A retirada efetiva pode demorar dias. Enquanto isso, a Marinha vigia a área ao redor de onde o avião está e impede a navegação nesse trecho.
Quando o avião for resgatado, será encaminhado para a Base Aérea do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
Segundo o tenente-coronel, o gravador que registra as conversas do piloto foi encaminhado para Brasília, onde seu conteúdo será analisado. Ele diz ainda não poder avaliar qual é a causa mais provável da queda. "Estamos numa etapa preliminar, seria muito prematuro dizer qualquer coisa", afirmou.
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